Eles já não se escondem faz muito tempo. Os disfarces passaram a ser quase sempre dispensáveis. Foi na cara dura mesmo que tomaram o poder, todos os poderes, sem esquecer boa parcela da imprensa e das entidades civis, as “organizações não governamentais”. Podem fazer parte formalmente de facções criminosas, ou podem ser uma quadrilha “informal”, sem estatuto oficial, sem regimento... Não importa, sua atuação é, invariavelmente, ilegal, imoral e despreocupadamente travestida de interesse social.
Eles são autocratas, ditadores, abusadores contumazes, egoístas. Arrogantes, prepotentes, arbitrários, atrevidos, loucos... São mesmo desequilibrados, primitivos, vergonhosos, abomináveis, bárbaros, anti-heróis violentos. Eles são um terror, eles são o terror. E quem não está com eles, quem é sério acaba sucumbindo. Quem não faz parte das “gangues” é a vítima preferencial, ainda que todos, indiscriminadamente, sejam vítimas.
Eles trocaram há muito tempo os “clubes da paz” pelos “sindicatos do terror”. São máfias, são seitas insaciáveis, determinadas a recusar o mundo real, a impor o inferno, o medo
O pior é ter de financiar os horrores, o ódio, a perseguição, tudo o que há de ruim neste mundo. Os interesses dos criminosos, só isso importa. Eles passeiam pelo mundo, bancados por suas vítimas. Estão em escritórios mal coloridos de bondade, agindo pela desgraça. Só não vê quem não quer... Repito: até o fingimento foi revogado. A simulação era desnecessária. A verdade é refém das redações, dos tribunais, gabinetes e palácios de Brasília. O dinheiro dos pagadores de impostos está aí para isso mesmo.
Eles são o saque, o golpe, a interferência em tudo. Seus palanques se espalham, são tortos, inoportunos. Eles são o erro completo, nas falas, nos atos. Estão sempre no lugar errado, na hora errada, chutando o debate, a coerência, a sensatez, o justo, o correto, o bom, o bem. Trocaram há muito tempo os “clubes da paz” pelos “sindicatos do terror”. São máfias, são seitas insaciáveis, determinadas a recusar o mundo real, a impor o inferno, o medo.
Nas trevas do terror, tudo pode ser relativizado: democracia, leis, censura, moral, honestidade, competência, toda e qualquer experiência, todos os fatos. E, por mais difícil que seja, temos de lutar contra isso. Temos de lutar contra o terrorismo, que, aliás, também tentam relativizar. Temos de lutar do jeito que for possível, falando para poucos, falando para muitos, não importa, desde que um alcance crescente seja sempre pretendido. Se o sistema é violento, se o medo é generalizado, é, mais do que nunca, hora de ter coragem.
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