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Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Luiz Philippe de Orleans e Bragança

O novo eixo fascista do século 21

O exército iraniano desfila diante do ditador Ebrahim Raisí. (Foto: EFE/Abedin Taherkenareh)

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À medida que os ataques contra Israel tem efeitos reveladores de quem está por trás de quem, está claro que o posicionamento do governo brasileiro é pela ditadura, pela opressão e pelo terrorismo. Vamos aos fatos:

  1. Logo que assumiu, em janeiro de 2023, Lula aceitou que navios de guerra do Irã atracassem em portos brasileiros, provocando reação de países tradicionalmente aliados do Brasil;  
  2. Segundo suas próprias palavras, o governo foi praticamente favorável às barbáries do Hamas contra idosos, mulheres, crianças e até bebês chacinados em Israel em outubro passado;
  3. Depois de ser considerada persona non grata em Israel, Lula foi elogiado tanto por ditadores como Maduro, da Venezuela, como pelos dirigentes do grupo terrorista Hamas;
  4. O líder dos Houthis, grupo terrorista islâmico financiado pelo Irã, que controla o Iêmen, elogiou a postura pró-Hamas de Lula. Os Houthis lançaram mísseis no Mar Vermelho em março de 2024 contra navios mercantes britânicos, israelenses e americanos. Este último levava milho brasileiro ao Irã; 
  5. Israel bombardeou a embaixada do Irã na Síria, pois esta abrigava terroristas responsáveis pelos atos terroristas de outubro, expondo a ligação direta entre o governo do Irã e o terrorismo no Oriente Médio.
  6. Agora vemos os ataques diretos do Irã contra Israel, e este governo, mais uma vez, manteve sua coerência em não condenar o terror, inferindo que a culpa é da vítima dos ataques, Israel.

É curioso notar que nesses últimos ataques vários países árabes não aderiram à iniciativa iraniana. Alguns, como a Arábia Saudita, ajudaram a abater mísseis e drones iranianos. Isso torna o posicionamento brasileiro ainda mais isolado e radical em apoio às ações terroristas.   

Brasil a caminho da ditadura: Isso tudo denota um grande alinhamento do governo brasileiro com a ditadura e demonstra ligação estreita com países como China, Rússia, Vietnã, Coreia do Norte, Venezuela, Colômbia, Nicarágua e Irã, todos alinhados no mesmo eixo. E o que pregam os governos desses países? Comunismo? Não – são todos uma ditadura fascista.

Apesar de adotarem uma dialética comunista para se justificarem no poder, e até gozar de certo prestígio do meio acadêmico, que ainda aprecia os conceitos marxistas, esses países, na verdade, adotaram o modelo fascista – variando em diversos graus. Do mais fechado e opressor ao mais aberto e permissivo, todos têm como finalidade uma ditadura perpétua:

  1. Mais fechados: Coreia do Norte, Cuba, Irã, Venezuela; 
  2. Medianamente fechados: China, Rússia, Vietnã, Nicarágua;
  3. A caminho do fechamento: Brasil, Colômbia;

O padrão fascista é comum a todos eles: concentração de poder, controle partidário do judiciário, perpetuação de regime, censura, perseguição política, repressão social, planejamento central da economia, alta regulamentação e tributação de empresas. 

O primeiro eixo fascista: Todos os países mencionados acima formam o novo eixo fascista, mas vamos lembrar do primeiro eixo deles, composto por Itália, Alemanha e Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de o fascismo ter perdido no cenário europeu, e no Japão ao final da Segunda Guerra, ele sobreviveu. O general George Patton quis continuar a luta contra o fascismo atacando seu maior promotor: a União Soviética de Stalin.

Quando Patton quis levar adiante o conflito aos soviéticos, foi removido de seu posto, pois já estava sendo arquitetado o final da guerra e os Estados Unidos não conseguiriam justificar um novo confronto com um país que foi aliado e ajudou a terminar a guerra na Europa e Japão. A história do mundo teria sido muito diferente se naquele momento a máquina de guerra dos aliados tivesse continuado na missão.  

Os russos sempre foram muito hábeis em negociar parados por seu espaço hegemônico e se uniram antecipadamente aos aliados para derrotar a Alemanha e a Itália, na Europa, assim como o Japão. Da sobrevivência da União Soviética decorreram todas as consequências posteriores, pois com a ajuda direta da União Soviética após a Segunda Guerra, a China se reformou debaixo de Mao Tse Tung, Cuba se fixou debaixo de Fidel Castro e a subversão política e social passou a ser uma arma efetiva de confronto em diversos outros países. Essa foi a era da Guerra Fria do século 20, cujos efeitos sentimos até hoje. 

Subversão e desmoralização das instituições: Percebe-se que o novo fascismo criou duas frentes: a primeira é a tradicional, bélica, visível; a segunda é invisível, de subversão, por dentro da opinião pública e das instituições. 

Um exemplo disso está evidenciado pelas forças armadas americanas que não apenas enfrentam desafios diretos e materiais participando de conflitos ao redor do mundo, mas também estão sendo subvertidas com políticas sociais de diversidade e cotas que tiram a força moral do exército; por consequência, o voluntariado caiu cerca de 30% a 40 % entre os jovens que poderiam servir, mas abandonaram a ideia – seja por acreditarem que o serviço militar é malévolo, seja por acreditarem que o serviço militar esteja desmoralizado pelas políticas progressistas. 

Tais políticas sociais subversivas simplesmente não existem nos países do novo eixo fascista, uma vez que os ditadores, consolidados no poder, não as permitem.   

Quando se esperava que o fascismo e seus ditadores estivessem relegados às catacumbas do ostracismo, eles ressurgem graças à omissão dos ignorantes. Esse governo não representa o brasileiro, sua consciência e sua esperança de viver em liberdade. Quando ele passar, o pesadelo de ver essa grande nação a serviço das ditaduras do mundo certamente passará.

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

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