O ditador chinês Xi Jinping.| Foto: EFE/Andre Coelho
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A resposta à questão-título que abre nossa participação na Gazeta do Povo é aparentemente simples:  Novas oligarquias tomaram o poder.

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Em 2002 os agentes econômicos e os políticos locais tinham grande influência na condução da política e da economia no Brasil. Governar sem eles era impossível. Entretanto, em  2022 a conjuntura mudou. Temos novos jogadores, maiores e mais poderosos: fundos internacionais, governo Chinês, governos europeus e norte-americanos, ONU, dentre outros; globalistas que representam maior peso na balança política.

Individualmente, tais agentes comandam valores várias vezes superiores ao PIB do Brasil, já controlam a maior parte dos ativos por aqui e têm uma agenda política coesa. Em segundo plano vêm os criminosos do narcotráfico regional, que cresceram muito; os governos latino-americanos e o Foro de São Paulo. São os guerrilheiros marxistas anacrônicos que nunca saíram do século 20. Eles têm interesses comuns com os agentes globalistas, pois por meio do socialismo oferecem um método de controle absoluto, objetivo primordial da agenda global.

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Todos esses grupos formam a nova conjuntura de oligarquias supranacionais, um cartel internacional que ultrapassa o poder de influência e os interesses das tradicionais oligarquias locais, ou seja, a agenda política das novas oligarquias é mais importante e elas pagam mais para ver governos alinhados a ela. Vencer o inimigo dessa agenda tornou-se mais importante do que eleger um governo de “gestão eficiente”.

Temos novos jogadores, maiores e mais poderosos: fundos internacionais, governo Chinês, governos europeus e norte-americanos, ONU, dentre outros

Quanto às oligarquias locais anteriores (bancos locais, construtoras, grandes empresas, empresas denunciadas na Lava Jato etc), são meros corruptores locais que voltaram à ativa, mas ficam em terceiro plano em termos de influência política e imposição de limites de interferência econômica. Isso explica, em parte, a enxurrada de notícias ruins contra o mercado local, sem muita preocupação com as consequências, como a inflação, o desemprego e a queda de investimentos. A outra parte é explicada pela mistura de idiotice ideológica, notório vínculo com o crime organizado e a desqualificação dos novos ministros.

Esse último aspecto, aliás, não é bem visto por ninguém, nem mesmo pelos globalistas, mas por enquanto não impede que  Xi Jinping , Biden, Trudeau, Macrón e outros apertem a mão de bandidos sem pudor. Há indícios de alinhamento entre os globalistas e os revolucionários em alguns pontos. Estão unidos no combate ao nacionalismo, ao conservadorismo e ao capitalismo mas não estão 100% alinhados nos métodos e na partilha dos resultados. Essa perspectiva precisaremos explorar em um segundo momento.

Um dos desdobramentos lógicos é que se os oligarcas brasileiros, o terceiro grupo, reclamarem demais, precisam se cuidar para não terminarem como os oligarcas de todos os outros países, que foram dominados pelo Foro de São Paulo, exilados, sem comando dos seus ativos e perdidos na eterna dúvida de onde erraram. Para que os nossos oligarcas não tenham dúvidas, deveriam tomar conhecimento dos dois grupos anteriores, principalmente quem ainda acha que “com o novo governo seria mais fácil dialogar”.

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Os incautos só agora perceberam que a agenda política irá se sobrepor à econômica, e isso não é convívio, é sobreposição mesmo, e nessa nova realidade uma coisa é certa: os grandes empresários brasileiros já perderam a liquidez de seu patrimônio. Duvidam? Quem vai investir ou mesmo comprar empresas com um governo empenhado em matar o mercado?

Matar o mercado. Essa expressão não é exagerada? Não. Mas a afirmação exige explicações que vamos juntos entender na próxima semana.