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Acordo UFC/Reebok impulsiona crescimento do Bellator

Scott Coker e Phil Davis Foto: Divulgação/Bellator (Foto: )

Quando uma empresa comemora abertamente uma decisão de seu principal concorrente no mercado, o que isto quer dizer?

Erro de estratégia? Oportunidade de crescimento? Vantagem competitiva?

Um cenário desses acontece hoje em dia no mundo do MMA. Principal marca do esporte, o UFC assinou contrato de exclusividade com a Reebok em 2015.

Desde então, o campeonato tem recebido críticas por parte dos atletas, que não podem mais negociar seus próprios contratos de patrocínio de material esportivo para as lutas — recebem somente um percentual do contrato UFC/Reebok (US$ 70 milhões em seis anos) baseado em um “sistema de cotas”.

Quem gostou foi Scott Coker, presidente do Bellator, maior rival do Ultimate na atualidade.

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“Acho que está sendo muito bom para o nosso negócio, honestamente. Os lutadores querem liberdade para conseguir seus próprios patrocinadores”, comentou o dirigente em entrevista ao podcast The Luke Thomas Show.

“Conheço grandes lutadores, grandes nomes, e eles dizem ‘eu tinha um milhão em patrocínios e agora tenho US$ 40 mil toda vez que luto, ou US$ 20 mil toda vez que luto’ e todos aqueles patrocinadores foram embora”, completou Coker.

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É claro que ainda é impossível comparar Bellator e UFC — e talvez a comparação nunca seja justa. Mas o sistema adotado pelo concorrente, inegavelmente, tem atraído lutadores relevantes de verdade para o Bellator.

Os americanos Phil Davis e Benson Henderson e o canadense Rory McDonald — para citar alguns — escolheram o rival quando viraram agentes livres no mercado.

O meio-pesado Ryan Bader, 33 anos, foi o último a fazer esse caminho. E claro que a questão financeira pesou. O americano, que está cotado para encarar Davis no Bellator 180, dia 24 de junho, em Nova York, venceu sete de suas últimas oito lutas no UFC.

“O menor valor que consegui [com patrocínios]— e foi em um card preliminar — foi US$ 35 mil por luta”, contou o meio-pesado Ryan Bader, que garantiu ao MMAFighting que já fez mais de US$ 80 mil por combate quando a publicidade pessoal no shorts e no banner ainda era liberada.

É importante ressaltar, no entanto, que alguns atletas, como José Aldo e Conor McGregor, fecharam contratos de patrocínio exclusivos com a Reebok, com valores diferenciados.

Abaixo, quanto ganha cada lutador no sistema de cotas UFC/Reebok:

1-5 lutas – US$ 2,5 mil

6-10 lutas – US$ 5 mil

11-15 lutas – US$ 10 mil

16-20 lutas – US$ 15 mil

+ 21 lutas – US$ 20 mil

Desafiante ao título – US$ 30 mil

Campeão – US$ 40 mil

*valores por combate

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