O UFC tem um sério problema no centro do octógono. Depois começar fevereiro com um péssimo exemplo de arbitragem na luta entre Valentina Shevchencko e Priscila Pedrita, em Belém, o principal evento do mundo fecha o mês com outra polêmica no UFC Orlando.
O americano Dan Miragliotta cometeu um erro crucial na luta principal do evento desse sábado (24).
Depois da vitória Jéssica Andrade sobre Tecia Torres, Josh Emmett e Jeremy Stephens fechariam a noite com uma luta bastante empolgante no papel. A expectativa se confirmou no ringue, mas o triunfo de Stephens gerou muita polêmica.
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É simples: pelo menos três golpes ilegais, determinantes para o resultado, passaram despercebidos pelo árbitro. Ou seja, o resultado do combate foi diretamente afetado, já que deveria virar um No Contest (sem resultado).
Foram duas cotoveladas na parte de trás da cabeça, além de uma joelhada com o lutador no solo. Mesmo que a joelhada não tenha pegado em cheio, ainda assim ela não poderia ter sido desferida naquela posição.
Daniel Cormier e Dominick Cruz debateram o assunto nas transmissão da Fox Sports americana. Cormier, que comentou o evento ao lado do octógono, mostrou convicção sobre o erro do árbitro, mas Cruz — que é parceiro de treinos de Stephens — defendeu que tudo foi legal.
Did Jeremy Stephens strike Josh Emmett with an illegal knee? @dc_mma @dominickcruz and @bisping intensely debate the details of the main event! #UFCOrlando https://t.co/cQxX5So9bb
— FOX Sports: UFC (@UFCONFOX) 25 de fevereiro de 2018
Pior, depois dessa sequência, com Emmett já nocauteado no solo, Miragliotta não impediu mais uma cotovelada (legal, mas desnecessária) de Stephens.
Claro que tudo acontece muito rápido, mas o árbitro está lá exatamente para esse tipo de situação. Tudo isso reforça que o replay é uma necessidade no MMA. O recurso já funciona em alguns estados americanos, mas ainda não foi aprovado na Flórida.