O Atlético não se esqueceu do sucesso do UFC 198, em maio do ano passado, na Arena da Baixada. Tanto que já se mexe nos bastidores para tentar lotar novamente seu estádio — na ocasião, o público foi recorde (45.207 pagantes).
Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo, disse nessa terça-feira (21) que o clube negocia a utilização anual da Baixada com outro campeonato de lutas.
O Bellator, principal concorrente do UFC, é um possível nome. Recentemente, a organização confirmou que vai estrear no lendário Madison Square Garden, em Nova York, com Wanderlei Silva e Chael Sonnen como luta principal.
“Queremos participar dos eventos, estamos trabalhando para um outro grupo de lutas marciais para que façam eventos aqui. Usaríamos todos os anos, janeiro e fevereiro, para que não atrapalhasse o nosso calendário”, comentou o dirigente em reunião organizada por um grupo de apoiadores.
De acordo com Petraglia, o UFC não retornou à cidade em 2017 porque o mercado brasileiro ainda é restrito e é preciso montar um card de lutas relevante para conseguir lotação máxima.
Por outro lado, o cartola comemorou o retorno — de mídia e também financeiro — conquistado com o Ultimate. E ainda por cima ressaltou que o Atlético recebeu muito mais do que a proposta inicial pela cessão do estádio.
“O UFC pagou R$ 80 mil de aluguel em Fortaleza [no último dia 11 de março], usaram 20 dias, destruíram e foram embora. No Atlético foi diferente. Nós não alugamos por R$ 500 mil, que foi a proposta inicial. A primeira reunião demorou 15 minutos e eles foram embora”, contou Petraglia.
“Depois fizemos um entendimento. Ganhamos muito mais do que vocês pensam e muito menos que gostaríamos [A apuração do blog aponta que o valor recebido pelo evento foi de aproximadamente R$ 1 milhão]. Mas tem o valor intangível, como o estudo da Universidade Federal que diz que trouxe R$ 54 milhões de receita para a cidade“, completou o presidente.