Em 20 edições realizadas até aqui em 2017, a última nesse sábado, em Las Vegas, o UFC já arrecadou mais com bilheteria do que as 12 primeiras rodadas (120 jogos) do Campeonato Brasileiro.
A renda bruta somada pelos clubes da Série A foi de R$ 64,8 milhões, de acordo com levantamento do Sr. Goool. A principal organização de MMA do mundo, contudo, faturou ao menos US$ 20,8 milhões — cerca de R$ 68,4 milhões na cotação do dólar a R$ 3,30.
Como duas edições do Ultimate (Rio de Janeiro e Fortaleza) não tiveram a renda divulgada de forma oficial, o valor total deve facilmente superar a casa dos R$ 70 milhões.
“Esses números mostram como o potencial de arrecadação do futebol nacional não está sendo explorado”, diz Erich Beting, jornalista especializado em marketing esportivo.
“Se dividindo por três já fica difícil porque há uma diferença brutal entre as moedas, seriam 60 eventos do UFC para cada 120 jogos de futebol, mal comparando. São realidades distintas”, prossegue.
Para Beting, há dois pontos responsáveis pela diferença. O primeiro é que no exterior, principalmente nos Estados Unidos, existe uma cultura de pagar caro para ingressos esportivos.
O segundo ponto diz respeito à periodicidade. “O UFC é uma marca desejada. Ao contrário do futebol, quando você tem seu time jogando em casa pelo menos três vezes ao mês, o UFC está sempre mudando de mercado. A recorrência do futebol diminui a assiduidade. Além disso, tem também a crise e o alto preço dos ingressos no Brasil”, avalia.
Veja os números do UFC em 2017