Aparentemente, o UFC terá de melhorar sua relação com Cris Cyborg para manter a melhor lutadora do planeta em seu plantel.
A curitibana de 31 anos, dona de um cartel de 17 vitórias em 19 combates, está próxima do fim de seu contrato com a organização. Nessa terça-feira (18), ela bateu o martelo para competir no UFC 214, dia 29 de julho, em Anaheim, na Califórnia — ainda sem adversária definida.
Depois de lutar no quintal de sua casa nos Estados Unidos, no entanto, restará apenas mais uma luta em seu acordo — e ela precisa acontecer até outubro.
“Eu queria lutar com a holandesa [Germaine de Randemie, primeira campeã peso-pena], mas ela falou que teria de fazer uma cirurgia na mão. Antes, eu havia pedido para lutar no Brasil, em junho, no Rio. Não aceitaram, falaram que o card estava cheio. Estou pronta desde março”, contou Cyborg em entrevista ao blog durante visita ao hospital Erasto Gaertner.
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“Acredito que até outubro vencem [as lutas do contrato]. Está nas mãos deles”, completa a atleta, que assinou com a Zuffa — empresa então responsável pelo UFC — ainda em 2015.
A relação de Cyborg com o presidente Dana White, contudo, nunca esteve perto do razoável. Foram trocas de farpas dos dois lados e, na visão da equipe da brasileira, havia uma superproteção à americana Ronda Rousey, ex-campeã dos galos (até 61 kg).
A própria demora para a categoria até 66 kg ser inaugurada, em fevereiro deste ano, foi outro fator que desgastou a relação. A paranaense precisou bater o peso-casado de 64 kg nas duas vezes em que subiu no octógono, e inclusive mostrou seu calvário em um documentário no Youtube.
Por isso, não se espante se ela optar por deixar o UFC após o fim do contrato.
“Eu acredito assim, vou estar em um lugar que as pessoas respeitam meu trabalho. Querendo ou não, você trabalhar no lugar que esteja feliz… se você trabalha e está feliz com seu patrão é tão bom trabalhar, né? Acredito que onde estiver, sendo bem-vinda, com certeza vou continuar fazendo meu bom trabalho”, argumenta.
Nestas condições, o Bellator aparece como um concorrente natural para ter estrela do MMA feminino. Aliás, o presidente Scott Coker é um conhecido de longa data.
E tem um trunfo que ainda falta ao UFC.
“Scott Coker e eu sempre tivemos uma boa relação, fui campeã do Strikeforce, evento dele, e depois a gente continuou em contato. Até então não tinha minha categoria no Bellator, agora abriram e fico feliz. Vamos ver. Acredito que não vou ficar sem lutar. Minha estrela vai estar brilhando em algum lugar. É só continuar treinando e trabalhando. Vamos ver o que vai acontecer”, avisa.
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