Recém-coroada campeã peso-pena (até 66 kg) do UFC, Cris Cyborg virou o jogo aos 44 do segundo tempo. E que virada.
Antes ignorada pela organização — e até alvo de insinuações pejorativas sobre sua feminilidade pelo presidente Dana White –, agora é a curitibana de 32 anos quem dá as cartas na relação.
Com apenas mais uma luta em contrato a ser realizada até outubro, a lutadora tem na manga tudo o que precisa para conseguir uma ótima renovação, financeiramente falando.
Perguntada na coletiva de imprensa após o UFC 214 se gostaria de assinar um novo vínculo, Cyborg deu uma leve risada antes de responder.
“Estou muito feliz. Vamos ver, acho que estamos começando a trabalhar juntos, as coisas estão melhorando. Acho que a luta de hoje [sábado] deixou o UFC feliz por trabalhar comigo. E talvez possamos trabalhar juntos”, desconversou a paranaense, que havia feito duas luas anteriores no Ultimate em 2016.
Ambas, no entanto, aconteceram em em peso-casado de 63,5 kg porque o White se negava a criar a divisão pena feminina. Pensamento que só mudou ao perceber o tamanho de Cyborg como marca a ser explorada.
“Não sei o que vai acontecer, vamos nos reunir em breve, com certeza. Agora só estou feliz com essa vitória, mas vamos ter novidades depois”, acrescentou Cyborg.
White também foi questionado sobre o assunto da renovação. O dirigente pareceu ser pego de surpresa quando foi informado que só resta mais um combate no vínculo da brasileira.
“É mesmo? Acho que é melhor conversar com ela então”, disse, citando Holly Holm como uma possível desafiante ao título.
Caso vire uma free agent e teste o mercado do MMA, Cyborg certamente terá proposta do Bellator, principal concorrente do UFC, cujo presidente Scott Coker é amigo de longa data da brasileira.
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