Pioneira no MMA feminino, Cris Cyborg, 31 anos, foi incisiva ao esclarecer suas recentes críticas à lutadora Bethe Pitbull Correia, peso-galo (até 61 kg) do UFC.
A dança da potiguar, ainda no octógono, após competir no UFC Fortaleza, no início de março, atrapalha, na visão de Cyborg, na batalha diária das lutadoras contra o preconceito.
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“Não tenho nada contra a Bethe, só que eu acredito que várias atletas, assim como eu, tentamos mostrar que lugar de mulher é dentro do octógono, não indo para a academia sendo ‘maria-tatame’. Não concordei com a dança que ela fez no octógono, achei vulgar”, disse a paranaense, que no último fim de semana esteve nos Emirados Árabes como convidada especial do Brave 4.
Cyborg ressaltou que não conhece Bethe pessoalmente e que cada um tem direito de comemorar como quer, mas afirmou que o comportamento foi “desnecessário”.
“A gente faz tudo para que as pessoas respeitem as mulheres no octógono, fazendo uma boa luta, mostrando boa técnica, e algumas pessoas vão falar: “lugar de mulher não é dentro do octógono, mulher é maria-tatame”. Você vai entrar na academia e ninguém te respeita. Eu venho fazendo com que os homens te respeitem, porque a maioria das pessoas, quando você vai treinar na academia, pensa que você vai para achar namorado, e você não vai, você está indo para treinar”, explicou a peso-pena (até 66 kg).
A próxima luta de Cyborg deve acontecer no dia 29 de julho, em Anaheim, valendo o cinturão da divisão. A holandesa Germaine de Randemie é a atual campeã.
Veja abaixo a comemoração criticada por Cyborg:
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