Demorou, mas finalmente o UFC admitiu que errou no tratamento à curitibana Cris Cyborg, lutadora de MMA mais dominante de todos os tempos.
Em entrevista ao site MMA Junkie, o próprio Dana White, presidente do Ultimate, fez um mea culpa. Quase um pedido público de desculpas para a atleta que está invicta desde 2005.
“Ela teve uma vida dura aqui no UFC, sabe? Ela não gostou de coisas que foram ditas, coisas que foram feitas. E para ser honesto, fizemos alguns erros em relação a Cyborg. Então, o mínimo que podemos fazer, é juntar os cacos e dar uma luta de título para essa mulher”, afirmou o dirigente, ele próprio um crítico contundente da peso-pena (até 66 kg), que no passado chegou a chamá-la de Wanderlei Silva de saia.
Em sua penúltima luta no contrato com o UFC, Cyborg, 31 anos, enfrenta a americana Tonya Evinger, 36, no próximo dia 29 de julho, em Anaheim, nos Estados Unidos. O duelo vale pelo cinturão da categoria, que está vago desde que a holandesa Germaine de Randemie perdeu o título por se recusar a enfrentar a brasileira.
“Nós deixamos muito claro. Quando você entra nessa divisão, sabe quem vai enfrentar. Basicamente, Cyborg é a dona da divisão. Se você entra no 66 kg e está lutando pelo cinturão, você lutará contra a Cyborg”, explicou White, que mais dificuldade para Cyborg no próximo combate.
Em duas lutas no octógono até aqui, a paranaense acumula duas vitórias por nocaute técnico. Ambas, no entanto, aconteceram em peso casado de 63,5 kg já que a organização só inaugurou o peso-pena feminino — uma das bandeiras da brasileira — no início deste ano.
“Ela é uma garota que está há muito tempo lutando. É durona, corajosa, e é o que realmente espero para essa luta. Quero uma mulher que vá lá e luta com a Cyborg. Acho que a Tonya Evinger é essa mulher. Vamos ver”.
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