Colby Covington calou São Paulo. Depois de tanto menosprezar Demian Maia, além de falar mal do Brasil durante toda a semana do UFC, o americano cumpriu o prometido e derrotou o veterano na madrugada desse domingo (29), no Ginásio do Ibirapuera.
O público, que foi ao delírio no início da luta, vaiou demais o gringo depois do resultado negativo, inclusive com garrafas atiradas no lutador durante o caminho do octógono aos vestiários.
“Quero meu cinturão”, gritou Covington, depois de xingar novamente os fãs brasileiros de “animais imundos”.
Se tivesse vencido, Demian estaria empatado com inglês Michael Bisping como o maior vencedor do Ultimate. Seriam 20 vitórias em 27 lutas para o ex-desafiante ao cinturão dos médios (até 84 kg) e mais recente dos meio-médios (até 77 kg).
Além disso, o veterano de 39 anos ainda poderia ter se igualado à lenda Royce Gracie como o maior finalizador da história do UFC, com dez vitórias desta maneira.
No entanto, o brasileiro surpreendeu no primeiro round ao aceitar a trocação e fazer a luta em pé contra o americano. E até certo ponto se deu bem, inclusive com abrindo um grande corte no supercílio do rival.
A estratégia do segundo assalto foi diferente. Demian tentou a todo custo derrubar Covington, mas foi frustrado. E mais cansado, a luta em pé também não surtiu efeito para o paulista.
Na última parte do combate, a superioridade do americano ficou mais evidente e a vitória foi confirmada.
Em julho, Demian enfrentou o americano Tyron Woodley pelo título, mas perdeu por decisão unânime. O revés encerrou uma série de sete vitórias seguidas do brasileiro.