Basta uma rápida conversa para compreender a lógica da filosofia marcial dos Yamauchi.
Ao contrário da maioria das academias de MMA, o time que tem sangue de samurai nas veias não quer formar um exército. Na visão nipônica, qualidade vale mais do que quantidade. Muito mais.
“As pessoas acham que é preciso ter um exército de lutadores [para conseguir resultado] e nós mostramos que não”, afirma Ossamu Yamauchi, 35 anos, líder do time formado há dez anos.
“É preciso ter a parte técnica bem fortalecida, bom material humano e um diferencial de qualidade nos treinos, com atenção especial para cada atleta”, completa treinador brasileiro criado no Japão.
Atualmente, o Team Yamauchi tem cerca de oito atletas profissionais, entre eles a recém-chegada peso-palha (até 52 kg) curitibana Liana Pirosin. Os dois mais conhecidos, contudo, carregam literalmente o DNA dos guerreiros japoneses.
Enquanto Goiti Yamauchi, 24 anos, é um dos melhores pesos-leve (até 70 kg) do Bellator, seu primo Shyudi Yamauchi, 26, representa a tradição familiar no Brave 8, neste sábado (12), em Curitiba.
Ambos nasceram no Japão e conheceram a luta em Curitiba pelos ensinamentos do tio Ossamu, especialista em muay thai.
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“O Goiti e eu temos um diferencial de foco maior, que é de realmente sermos campeões do mundo. E não é da boca pra fora. Estamos em busca de títulos e de evoluir na carreira”, garante Shyudi, que enfrenta o amazonense Werlleson Martins no Ginásio do Tarumã, em luta do peso-galo (até 61 kg).
“Nas grandes equipes muitas vezes você vê um atleta puxando treino para outro, ficando uma hora a mais pra isso. Isso acaba desgastando o lutador. Atleta é para treinar, comer e dormir e meu tio, instintivamente, fez um trabalho muito bom conosco desde o início”, reforça Goiti.
Mas como todas as batalhas começam na cabeça, a disciplina mental também é uma arma do time. Talvez até por natureza.
“O DNA da luta está no sangue, é de samurai mesmo, os Yamauchi eram samurais. Então temos ambição, foco e vontade de ser campeão. Eles não se contentam com pouco”, destaca Ossamu. “Vemos a luta de forma mais inteligente, mais precisa”, acrescenta Goiti.
“E a chave somos nós três”, fecha Shyudi, que pretende acabar com a sequência de nove vitórias seguidas do seu adversário e chegar à 15.ª vitória em 23 combates na carreira.
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