Nove lutas profissionais de MMA. Nove vitórias no primeiro round, oito delas por finalização.
Esse é o cartel do paranaense Ricardo “Alemão” Prasel, natural de Guarapuava, autoproclamado melhor peso-pesado (até 120 kg) do Brasil após vencer o cinturão do Aspera FC, nesse sábado (12), em Maringá.
Na mira do UFC, o atleta de 27 anos e 2,01 m de altura vibra com os rumos de sua carreira, tão meteórica quanto repentina. Até 2011, Prasel era, acredite, goleiro profissional de futebol.
Ao lado de grandes estrelas como Didier Drogba, Petr Cech e Michael Ballack, Alemão treinou treinou por seis meses no Chelsea, da Inglaterra, inclusive com três partidas como titular do time B dos Blues em 2009. Ele garante que só não ficou porque seu passaporte comunitário europeu demorou mais do que o previsto para sair.
Formado nas categorias de base de Atlético Paranaense, Joinville e Juventus-SP, o arqueiro também atuou no campeonato belga, pelo RFC Liège, onde uma bursite crônica no quadril mudou tudo.
“Tive a lesão, não conseguia mais manter o mesmo nível de treinamentos e perdi espaço. Teve também as saudades de casa”, conta Prasel, que foi para a Europa com ajuda de vídeos no Youtube.
Quando decidiu retornar para casa, em 2011, ele conheceu o jiu-jítsu através de seu irmão mais velho, Rafael. Era o que precisava para não abandonar a vida de atleta. Paixão à primeira rolada no tatame.
Ao mesmo tempo em que iniciou a faculdade de educação física, o paranaense começou a treinar — e vencer campeonatos — na arte suave. Hoje faixa-marrom, ele se dedicou exclusivamente ao jiu-jítsu até 2014, quando decidiu focar no MMA.
Nove vitórias depois, Alemão está pronto para o UFC. “Estou esperando um grande contrato pela frente. Era a promessa antes da última luta [contra Edison Lopes, no Aspera FC]. Estou preparado para isso”, revela Prasel.
“Já tive conversas com UFC e Bellator e eles pediram mais uma vitória contra um adversário de alto nível. Meu último rival era líder do ranking nacional dos pesados, vinha de cinco vitórias seguidas. Venci em 29 segundos e provei que estou em alto nível”, completa o ex-goleiro.
A antiga profissão, aliás, ajudou na formação de um peso-pesado ‘diferente’. A agilidade da meta foi transportada para o ringue.
“Normalmente os pesados são lentos e travados. Eu, graças ao futebol, conseguiu me tornar um cara de estrutura grande, mas rápido e de quadril solto. A transição foi mais fácil”, explica o atleta de 112 kg — agora 22 kg mais pesado do que na época de jogador.
“O esporte mudou minha vida, me trouxe mais autoconfiança. Só depende de mim, não tem equipe. Acho que tudo aconteceu como tinha de ser. Tenho uma história diferente para contar e uma carreira para fazer — e tenho certeza que será muito boa. Se perguntarem 100 vezes se prefiro ser goleiro da seleção ou lutar no UFC, digo 100 vezes que quero o UFC”, conclui o paranaense.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada