A lógica é simples.
Se Pelé Landi-Jons, Anderson Silva, Rafael Cordeiro e Wanderlei Silva — que surgiram para o mundo da luta na academia curitibana Chute Boxe na década de 1990 — alcançaram o topo do mundo do MMA praticamente sem estrutura, qual o potencial de uma geração de atletas moldados em um ambiente profissional?
“Eu acompanhei de perto aquela geração. Eles conseguiram chegar longe sem suporte algum, quando era tudo amador, imagina com apoio como existe no futebol atualmente. Nós apostamos nisso e já está dando resultado”, conta o empresário Luiz Alberto de Oliveira, conhecido no mundo da bola por ser dono da LA Sports, e que desde 2012 expandiu sua área de atuação dos campos para os ringues.
“Há 12 anos, quando entrei no futebol, me chamaram de louco. Enxergo hoje no MMA o que enxerguei naquela época”, diz o empresário.
O investimento começou quando Luiz Alberto conheceu o carioca Rafael Carvalho, atual campeão peso-médio (até 84 kg) do Bellator. Na época, Rafael era recém-chegado a Curitiba e tinha um cartel de iniciante, com apenas uma vitória e uma derrota como profissional.
A partir da parceria, o lutador venceu 12 combates seguidos e hoje detém o segundo cinturão mais revelante do esporte — atrás apenas do UFC. Nesta sexta-feira (7), o carioca encara o holandês Melvin Manhoef, na Itália, em sua segunda defesa de título.
Ao todo, a LA Sports patrocina oito atletas (Klidson Abreu, Jorge Kanella, Eduardo Camelo, Johnny Walker, Carlos Leal e Matheus Correia, uma promessa de apenas 16 anos, fazem parte do time). A empresa paga um salário, banca plano de saúde, preparador físico, suplementação e presta assessorias jurídica e empresarial.
Além disso, fechou no ano passado uma parceria com a academia Evolução Thai, que serve de centro de treinamento. Lá, sete lutadores se preparam sob supervisão do renomado treinador André Dida — Leal preferiu continuar na equipe antiga, a Noguchi/Madison Team.
“Queremos implementar da nossa visão do futebol na luta… O foco deles tem de ser só no treino 100%, não precisam trabalhar de segurança à noite pra pagar as contas”, explica Luiz Alberto.
Por enquanto, o empresário não recuperou o investimento na formação de atletas de MMA — ele cobra até 15% das bolsas e premiações. A expectativa é que o retorno apareça a partir do próximo ano, com a consolidação de Rafael Carvalho como campeão.
Mas a confiança, na verdade, é no surgimento de uma nova geração de estrelas feitas em Curitiba.
“O Brasil de 70 foi histórico. Não achamos um novo Pelé, mas vieram Romário, Ronaldo… Curitiba tem o dom de descobrir lutadores. Acredito que venha uma nova geração por aí”, aposta.
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