No ano da Copa do Mundo da Rússia, o principal evento de MMA do país vai desembarcar no Brasil.
Em entrevista exclusiva ao blog Luta Livre, o presidente do Fight Nights Global, o ex-lutador de jiu-jítsu Kamil Gadzhiyev, confirmou que Curitiba e São Paulo disputam onde será primeira sede do torneio.
“Queremos fazer 20 eventos em 2018, metade deles nas Américas do Norte e do Sul. Vamos começar no dia 9 de março, no Brasil. Será em São Paulo ou Curitiba”, explicou Gadzhiyev, que planeja mais duas edições no país.
Atualização: o evento foi adiado para abril, muito provavelmente em Curitiba.
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A luta principal da estreia já está definida. Será entre o paulista Fábio Maldonado e o russo Nikita Krylov, pelo cinturão dos meio-pesados (até 93 kg). O ‘Caipira de Aço’ conquistou o título em setembro, ao derrotar o invicto Kurban Omarov.
Com vários atletas brasileiros sob contrato, como os ex-lutadores do UFC Rousimar Toquinho Palhares, Diego Brandão e Antônio Pezão Silva, o Fight Nights espera consolidar sua marca no Brasil.
“Queremos fazer um grande evento, começar nossa história no Brasil. Temos muito nomes grandes, como Maldonado, Palhares, Brandão, Silva… Muitos cara no plantel. É uma grande oportunidade de entrar em um grande mercado”, fala Gadzhiyev.
Confira a entrevista abaixo:
O UFC 198 foi realizado em um estádio de futebol em Curitiba. Você imagina repetir isso um dia?
Não acho que será um dia. Será um dia muito próximo… Temos lutadores muito populares no Brasil, todos eles querendo o cinturão. Queremos ser mais e mais reconhecidos e fortes. Queremos atingir pessoas que ainda não conhecem o MMA.
Qual a popularidade do MMA na Rússia?
É um esporte que está crescendo muito rápido na Rússia. Os lutadores são muito famosos, heróis nacionais, e é uma grande tendência assistir às transmissões das lutas nos canais sob demanda.
O Fight Nights concorre com o UFC na questão salarial?
Sobre salários, eu sei que o Maldonado, o Brandão, todos eles recebem bolsas maiores conosco do que com o UFC. Investimos neles, sabemos que são chave para o grande mercado da América Latina. É importante ver os promotores investirem neles. E conforme o Fight Nights for crescendo, vamos aumentando os pagamentos também.
Vocês miram outros nomes conhecidos no Brasil? Wanderlei Silva, por exemplo?
Focamos em todos os grandes nomes, mas depende se estão livres ou não, se são agentes livres no mercado. Wanderlei é um dos maiores nomes da história, mas não sei se há exclusividade do Bellator. Se ele estiver interessado em trabalhar conosco, é claro que estamos.
O que vai pesar na decisão entre Curitiba e São Paulo para a escolha da sede?
Preciso ir até lá para ver com meus próprios olhos. Vai contar muito o interesse das pessoas no MMA pare decidir qual será a capital do Fight Nights Global.
Qual a diferença do FNG para outros eventos de MMA?
É claro que você precisa ver ao vivo para ver. Promovemos lutas muito boas, com atletas de alto nível, motivados. Também temos uma produção muito boa. Se você for nosso convidado, será o quanto amamos MMA no Fight Nights Global. Queremos mostrar tudo isso nos nossos eventos. O principal é focar nos lutadores.
Maldonado quer disputar o cinturão mundial de boxe contra Denis Lebedev. A luta vai acontecer?
Depois da luta entre Mayweather e McGregor, essa discussão ficou grande. Maldonado é um dos caras que pode lutar boxe, tem boa experiência no boxe. Agora ele vai focar na sua história no MMA. Ele conseguiu o que estava procurando, o cinturão, e vai defender o título. Depois, vamos ser flexíveis.
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