Escalado para a luta principal do UFC Belém, em fevereiro, contra o brasileiro Lyoto Machida, o americano Eryk Anders jogou futebol americano universitário antes de mudar de carreira e se tornar lutador de MMA.
Atualmente com dez vitórias em dez lutas profissionais — além de outros 22 combates amadores –, o ex-linebacker de Alabama decreta: o esporte da bola oval é muito mais brutal do que as artes marciais mistas.
Em entrevista ao programa The MMA Hour, Anders foi perguntado sobre o assunto. E deixou claro que se sente mais seguro dentro do ringue do que em um campo.
O futebol americano é muito mais perigoso que o MMA. Mesmo que você seja nocauteado no MMA, é uma única vez, você tira alguns meses e deixa seu corpo curar. No futebol, você pode não ser nocauteado, mas é constantemente atingido. Se você joga na defesa, como linebacker, running back ou na linha ofensiva, cada jogada é uma colisão. Seu corpo não gosta disso. Conheço gente que com 30 anos terminou a carreira por causa de todo esse contato, das batidas.
Casado com uma brasileira, Anders está de férias em Curitiba. Mesmo assim segue treinando para o duelo contra o ex-campeão dos médios (até 84 kg) do UFC.
Para ex-linebacker, que chegou a assinar com um time da NFL (e depois foi cortado do elenco) os próprios treinos também são menos desgastantes no MMA. Além disso, a dieta também é mais saudável, aponta.
“Nós treinamos de maneira bastante inteligente na academia em Birmingham, só fazemos sparring uma ou duas vezes por semana, muitos exercícios e realmente não danifico meu corpo. No futebol americano, é uma colisão toda jogada, uma batida de carro a cada jogada. No MMA meu corpo se livrou de muito peso, não preciso comer tanto”, afirma Anders.
O atleta de 30 anos, que chegou a pesar 113 kg quando jogava futebol americano, relatou também que não tem mais problemas nas costas e joelhos causados pelo peso extra que carregava na época em que defendia Alabama.
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