Foto: Invicta/FC| Foto:

Quanto a gaúcha Janaisa Morandin desembarcou em Curitiba para treinar na academia Killer Bees, em outubro de 2016, ganhou um apelido logo de cara.

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“Virei a princesinha do time. Só tinha eu de menina no meio dos homens”, recorda a lutadora, que atualizou a alcunha assim que foi acumulando vitórias no MMA. Nesta quinta-feira (31), no Invicta FC 25, ela busca o décimo triunfo seguido desde que estreou no esporte quatro anos atrás.

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Evil Princess (Princesa Malvada, na tradução para o português) se encaixa melhor no perfil da atleta de 22 anos. Isso ela garante.

“Há um contraste muito grande do que sou dentro e fora do ringue. Sou princesinha, mas comigo não tem ‘mimimi’. Gosto da trocação e não escondo. Sou do muay thai e adoro sair na porrada”, avisa.

Baixinha (1,52 m), a peso-palha (até 52 kg) acredita que o gosto pela luta está no sangue. Na infância e adolescência em Erechim, não eram raras as brigas na escola, especialmente com meninos. Aliás, Janaisa tem um argumento convincente para explicar sua paixão natural pelas artes marciais.

“Quando minha mãe estava grávida de mim, tinha muita insônia. Ficava a noite inteira vendo lutas do Mike Tyson pela televisão. É a única razão, ninguém da minha família gosta de luta”, diz a dona de cinco nocautes.

Do céu ao inferno… para o cinturão?

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Mesmo ainda sem saber o que é um derrota no MMA, Janaisa já sentiu na pele uma enorme decepção no esporte. Em março, ela deveria ter lutado contra a americana Jinh Yu Frey no Invicta 24, mas não bateu o peso mínimo para a categoria átomo (até 48 kg).

“Estava perto de fazer minha estreia internacional e os médicos mandaram parar o corte de peso. Não dava para continuar sem risco à minha saúde. Retive muito líquido, não estava acostumada com a viagem. Cheguei ao limite”, lamenta a lutadora, que garante ter aprendido muito com a passagem.

Sua principal lição foi que não é possível ser atleta profissional somente parte do dia. Dedicação integral, mesmo precisando trabalhar como professora de muay thai para pagar as contas.

“Aprendi da pior forma que tenho de manter a disciplina. Amadureci muito. Agora não saio, não como nada fora da dieta. Sou apaixonada por pizza, sushi e nem mais lembro o gosto”, brinca a pupila de Rodrigo Vidal.

Desta vez, Princesa Malvada lutará uma divisão acima, já que aceitou a luta contra a brasileira Livia Souza com menos de um mês de antecedência. Apesar de a paulista ser atual a campeã da categoria, o duelo não valerá o cinturão. Pelo menos oficialmente.

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“Para mim vale. Seu eu ganhar, o cinturão vai ser meu moralmente”, garante a gaúcha.