O ímpeto e a força de Jéssica Andrade não foram suficientes diante da técnica apuradíssima da polonesa Joanna Jedrzejczyk.
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Conheça Jéssica Andrade, de Umuarama para o UFC
A paranaense de Umuarama, que disputava o título peso-palha (até 52 kg) do UFC em Dallas, nos Estados Unidos, perdeu por decisão unânime após cinco rounds.
Bate-Estaca, como é conhecida, teve seu melhor momento logo no assalto inicial, quando atingiu vários golpes da campeã, além de derrubá-la duas vezes.
Joanna, porém, usou sua maior envergadura e experiência para dominar os quatro rounds seguintes — mesmo diante do gás interminável da brasileira, que pressionava e buscava a luta nos oito cantos do ringue.
“Ninguém vai tirar esse cinturão de mim”, bradou a polonesa, que completou cinco defesas de cinturão.
A paranaense, primeira brasileira a lutar no UFC (em 2013), tentava se juntar à baiana Amanda Nunes, rainha da categoria galo (até 61 kg) desde julho do ano passado e única brasileira campeã no maior evento de MMA do mundo.
“Eu vim com essa garra desde começo, infelizmente não deu. Tenho muito caminho pela frente, muita coisa para aprender, vou treinar mais ainda e vou disputar de novo o cinturão e sair campeã”, falou Jéssica, que é homossexual assumida e pediu a namorada, Fernanda, em casamento após o combate.
Domínio polonês
Jedrzejczyk se manteve indiscutível na categoria — e caminha para bater o recorde de defesas de cinturão de Ronda Rousey (6).
Após faturar o título ao bater a americana Carla Esparza em março de 2015, a ex-lutadora profissional de muay thai fez outras quatro defesas de cinturão. As vítimas foram a brasileira Claudia Gadelha, a também polonesa Karolina Kowalkiewicz, a canadense Valerie Letourneau e a americana Jessica Penne.
Curiosamente, a relação entre Joanna e Bate-Estaca sempre foi boa — pelo menos durante o tempo que a brasileira competia nos galos. O empresário brasileiro Tiago Okamura chegou a cuidar da carreira de ambas e até intermediou a realização de um treino.
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Porém, em setembro de 2016, Joanna decidiu trocar toda sua equipe e se mudar para os EUA para treinar na American Top Team. Nessa época, a paranaense havia acabado de fazer sua segunda luta na mesma divisão (com duas vitórias).
Jéssica, que só virou a desafiante oficial em fevereiro (quando derrotou Angela Hill), manteve o tom de respeito durante os quase quatro meses de preparação para a luta. A rival fez o mesmo.
Só na hora da encarada pós-pesagem, na véspera do combate, que a polonesa avisou que a amizade havia acabado. Bate-Estaca não caiu na provocação e fez até um coraçãozinho com as mãos.
No fim das contas, a brasileira terá de esperar e evoluir para conseguir superar a “ex-amiga”.
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