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Paranaense que nocauteou a obesidade mórbida estreia no UFC

Baby estreia no UFC Long Island. Foto: Divulgação (Foto: )

Sem alarde, o parnanguara Junior Baby Albini estreia no UFC neste sábado (22), em Long Island, nos Estados Unidos. O peso-pesado (até 120 kg) enfrenta o americano Timothy Johnson, número 12 do ranking da categoria.

De longe, o desafio é o mais importante da carreira do atleta de 26 anos, dono de um cartel com 13 vitórias em 15 combates — quase todos em torneios nacionais.

Mas nem de perto o principal obstáculo que ele já encarou. Quando tinha 13 anos de idade, Albini procurou a luta para vencer a balança — ele estava perdendo feio.

“Eu fui uma criança com obesidade mórbida. Pesava 165 kg”, conta.

Foto: Arquivo pessoal

“Comecei no boxe em um projeto social do professor Heraldo. Perdi 45 kg só treinando, sem dieta, sem nada. Eram umas duas horas, duas horas e meia todo dia”, recorda o lutador, que atualmente defende a academia OCS.

Na época em que começou a praticar a nobre arte, Junior conheceu John Lineker, primeiro nome de Paranaguá a despontar no Ultimate.

A amizade que começou no boxe segue firme até hoje, mas apesar das oportunidades de ver o amigo lutar in loco no UFC, Baby sempre recusou.

Com um bom motivo, claro.

“Tinha feito uma promessa de não assistir nenhum evento do UFC no local. O primeiro que eu fosse seria para lutar. Agora que assinei o contrato, pergunto toda hora para ele [Lineker] como que funciona, como que é…”, fala.

Ao contrário de Lineker, que permaneceu em Paranaguá, Albini passou alguns anos treinando primeiro em Curitiba, depois em Balneário Camboriú. E foi bem na época em que saiu de casa que surgiu o apelido que virou seu nome de guerra.

“Quando fiz 18 anos fui treinar em uma academia de Curitiba [CM System]. Minha mãe me levou no alojamento e pediu para cuidarem de mim porque apesar de grande, eu só um bebezão. E aí pegou o Baby”, explica.

Apesar de jovem para a categoria — e de se considerar uma zebra na estreia –, Albini fala como se estivesse há anos no UFC. A tranquilidade é de quem sabe o que precisa fazer para ter vida longa no evento.

“Meu adversário é um cara chato [de se enfrentar], não faz estilo ortodoxo, é canhoto e tem jeitão mais de brigão, apear de ter um bom histórico no wrestling. Mas acho que ele é meio desengonçado em pé, até pelo seu tamanho. Percebi alguns vícios de luta vendo os vídeos dele, coisa que dificilmente vai tirar. Então é aí que vamos tentar acertar”, detalha o paranaense de 1,91 m.

“Tem que ser [um CDF da luta]. É até engraçado, mas procuro ver qualquer um que desponte na minha divisão, não só do UFC. Tenho que estar atualizado”, argumenta.

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