Ainda faltam seis anos para a Olimpíada de Paris, em 2024, mas o paranaense Jonathan Calixto já corre contra o tempo pensando no sonho de defender o Brasil na França.
Convocado para disputar o Mundial de Muay Thai em Cancún, a partir de 10 de maio, o atleta, instrutor de arte marcial e motorista de Uber de Campina Grande do Sul tem poucos dias para juntar o dinheiro necessário para a viagem ao México.
Ele precisa de aproximadamente R$ 9 mil para bancar passagem, hospedagem, alimentação, além da taxa de inscrição da Federação Internacional de Muay Thai Amador (IFMA).
“Tenho menos de R$ 2 mil até aqui. Espero juntar uns R$ 4 mil a R$ 5 mil em um seminário e aulão que vamos promover nesse fim de semana. Vou vender umas camiseta lá também. E tenho a promessa que o prefeito de Campina Grande iria ajudar com um valor”, diz Calixto, que treina muay thai há seis anos.
Com cartel de 12 vitórias e apenas uma derrota, o lutador pensava em se profissionalizar até descobrir de última hora a que a seleção brasileira promoveria uma seletiva em janeiro, em Porto Alegre.
Ele foi ao teste e voltou com a vaga garantida para o Mundial na categoria até 71 kg da categoria competitiva. E também com a esperança de disputar os Jogos Olímpicos, já que o muay thai foi confirmado no fim de 2017 como esporte demonstração em Paris.
Antes, no entanto, precisa dar um passo de cada vez.
“Havia uma promessa de que o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) bancaria tudo para o Mundial, mas não aconteceu. Ficamos sabendo disso há um mês. Então temos que correr atrás”, fala o atleta da academia Free Spirit MMA, que trabalha entre quatro e seis horas diárias no Uber.
“Agora não estou conseguindo fazer o Uber por causa do ritmo de treinos e corte de peso, está mais para o fim de semana apenas”, termina Jonathan, que busca um pódio em Cancún para se enquadrar no Bolsa Atleta e focar ainda mais no sonho olímpico.
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