O lutador paranaense Junior Baby Albini ainda não acordou do conto de fadas que viveu neste fim de semana, nos Estados Unidos.
O peso-pesado (até 120 kg), que superou a obesidade mórbida na adolescência com ajuda da luta, estreou no UFC com nocaute em apenas 2mi51s sobre Tim Johnson.
Mas foi depois do combate desse sábado (22), em Long Island, Nova York, que ele ganhou os holofotes de verdade.
Falando em inglês fluente, aprendido para eventualmente trabalhar no porto de Paranaguá, ele contou em detalhes todos os perrengues que passou para se tornar um lutador.
Apesar de competir profissionalmente, Baby não recebeu nenhum tostão em suas nove últimas lutas. Foram quatro anos e meio competindo somente para evoluir como atleta e, quem sabe, chamar a atenção de um grande campeonato.
Pior, com dinheiro escasso vindo de bicos como segurança de balada e de garçom, ele emocionou ao revelar que usou parte do dinheiro que a organização forneceu para alimentação na semana da luta para comprar as primeiras bonecas da filha Nicole, que até então brincava com embalagens vazias de shampoo.
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Além do pagamento pela vitória e do valor pago pelo fornecedor de material esportivo, o parnanguara também recebeu um bônus por performance de US$ 50 mil — totalizando cerca de R$ 160 mil brutos.
Um verdadeiro conto de fadas para quem nunca teve mais do que R$ 300 na carteira.
“Não preciso nem falar que não consegui dormir nem um pouquinho no voo. A cabeça está a mil ainda, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo”, afirmou Baby, em vídeo gravado para o blog.
“Estou perdido, não sei o que está acontecendo, estou feliz para caramba um sentimento que não cabe. Acima de tudo gostaria de agradecer todo mundo pela força, energia que todo mundo está me mandando por mensagem. Agradeço demais por tudo que está acontecendo e se Deus quiser vou continuar dando mais orgulho para todo mundo”, completou.
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