A onda de demissões do UFC ganhará outro foco em breve. Dos escritórios mundo afora para o octógono – e com lutadores brasileiros no centro do alvo.
A sensação é geral no meio do MMA e ganhou força após o grupo de entretenimento WME-IMG concretizar a compra do Ultimate por US$ 4 bilhões, em julho. O mercado nacional não é mais foco prioritário do UFC, logo não há mais motivo para existir vínculo com tantos atletas brasileiros – a reportagem apurou que o país receberá apenas três eventos em 2017.
Atualmente, o Brasil tem aproximadamente 90 lutadores contratados por Dana White e companhia.
“A recessão [no país] fez com que o foco mudasse. Vai haver uma diminuição bem drástica no número de atletas brasileiros”, opina o empresário Alex Davis, que agencia 18 lutadores no campeonato, incluindo o paranaense John Lineker.
“Os bons lutadores sempre vão ter espaço. Mas aqueles que são fio [não vendem bem], vão sair. O UFC está em busca de personas como McGregor e Ronda. Eu acho um erro”, analisa Davis, citando a crescente importância de marketing acima da questão esportiva adotada como padrão pelo campeonato.
O empresário Jorge Guimarães, o Joinha, representante de Anderson Silva, vai pela mesma linha. “Agora eles [UFC] estão mais focados no Oriente. Querem criar estrelas por lá, querem estrelas do México, estão apostando em novos mercados e no entretenimento. Então, haverá cada vez mais brasileiros mandados embora, isso já está acontecendo”, comentou, em declaração ao jornal O Globo.
Ex-lutador do UFC, Wanderlei Silva acha impossível lutar contra a posição do UFC. Para ele, a lei que vigora é do mercado.
“Vai fazer o que? Ele são os donos da bola e do campo, infelizmente. Só quando existir uma divisão de poder que as coisas ficarão melhores para os atletas, falando desde a questão de ranking até remuneração”, diz o curitibano, agora que agora tem vínculo com Bellator e Rizin.
“Eu, mais do que ninguém, aprendi que você se estrepa se vai contra. Fui contra o sistema e me fu…”, emenda o veterano, que aconselha seus compatriotas a deixarem o politicamente correto de lado para ganharem relevância na mídia internacional.
“Tem que falar que vai sair na mão, que vai bater na cara mesmo. É o esporte e é isso que você vai lá para fazer mesmo. Não é telecatch”, ressalta.
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