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Rafael Carvalho, 30 anos, não esconde o sentimento que lhe move em sua terceira defesa de cinturão do Bellator, neste sábado (8), a partir das 22 horas, em Turim, na Itália.

O carioca radicado em Curitiba, que manda na categoria dos médios (até 84 kg) desde outubro de 2015, acredita que não é o campeão que o evento gostaria.

Ele fala apenas o básico de inglês, é estrangeiro, e passa longe do estilo provocador. Combinação ‘ruim’ para ser trabalhado pelo marketing como uma potencial estrela. Desta forma, com divulgação limitada, apenas os fãs de lutas sabem que há um campeão relevante em Curitiba.

Por isso, a motivação para derrotar pela segunda vez o holandês Melvin Manhoef, dez anos mais velho, não poderia estar mais alta.

“Vão ter de me engolir a seco”, garante Carvalho, que há cerca de meio ano passou a treinar na academia Evolução Thai, com o técnico André Dida.

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“Vou fazer com que eles [Bellator] parem e pensem: ele é o campeão mesmo. Eu não esperava disputar o cinturão em três lutas e me tornar o campeão. Muito menos eles. Até hoje não acreditam, certamente prefeririam que o Melvin ou qualquer outro fosse o campeão, mas Deus quis que fosse eu”, dispara.

O primeiro duelo com Manhoef aconteceu em maio de 2016. Na ocasião, o brasileiro venceu por decisão dividida, mas o resultado gerou muita controvérsia. Marcada inicialmente para dezembro, a revanche foi cancelada porque Rafael fraturou o pé direito a uma semana da luta.

Assim, ele sente que não basta só ganhar. É preciso ser contundente, mesmo sem lutar há 11 meses.

“Ficou a necessidade de provar [que sou o campeão]. Muitas pessoas falaram que ele ganhou, mas não vejo que ele fez mais do que eu. Essa luta será um cala a boca nos críticos”, aposta o carioca, ansioso para mostrar novas armas de seu repertório.

Antes da lesão, ele fez um camp de treinos na AKA, academia especializada em luta agarrada liderada pelo campeão meio-médio (até 93 kg) do UFC, Daniel Cormier, e pelos ex-campeão dos pesados (até 120 kg), Cain Velásquez.

Além disso, também promete colocar em prática ensinamentos que teve com os novos parceiros de treinos, como Wanderlei Silva, Serginho Moraes e Francisco Massaranduba.

“A minha versão 3.0 é melhor que a 2.9. Tenho mais armas e vou usar armas que não utilizava tanto. Um exemplo é o cotovelo. Por orientação do Dida, vou procurar ser contundente e machucar o adversário para abrir brechas e ficar mais próximo do nocaute”, avisa Rafael.

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