O paranaense Ricardo Guimarães, 26 anos, tem uma trajetória curiosa no mundo da luta. Dono de cinco nocautes seguidos (três em lutas amadoras e dois em profissionais), o atleta da Chute Boxe só conheceu as artes marciais há quatro anos, depois de desistir de outra atividade de “alto risco”.
Ricardo era ginete (o peão que monta cavalos em rodeios) e chegou a viajar para disputar competições fora do Paraná. Porém, as lesões frequentes o fizeram trocar os cavalos pelos ringues.
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“Desde pequeno fui acostumado a lidar com cavalo, cheguei a ir para Santa Catarina para montar. Mas quebrei a costela, tive lesão no ombro. Vivia quebrado, na verdade”, conta Guimarães, que coleciona quatro vitórias no primeiro round.
“Lutar é uma teta, ainda não me machuquei”, brinca.
Quando decidiu abandonar a montaria, Guimarães, que trabalha como ajudante de obras durante o dia, procurou uma academia perto de casa. Já no primeiro treino, o treinador Glauco Campi identificou o talento do ex-peão.
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“Meu avó falava que eu era briguento. Eu sempre gostei de luta, mas achava que não era para mim”, diz.
Aos poucos, ele foi se apaixonando pelas artes marciais. Neste ano, já com alguns anos de treino de muay thai e jiu-jítsu, resolveu estrear no MMA. E com resultados fulminantes, ele sonha mais alto.
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Namorada e rotina pesada
Guimarães não esconde outro ponto que o motivou a começar a lutar. “Fui treinar e vi que todos os lutadores tinham namoradas bonitas. Falei: ‘quero isso aí pra mim também'”, conta o lutador, aos risos.
A rotina do meio-médio (até 77 kg), no entanto, ainda está longe de ser glamourosa. Ele acorda todos os dias às 6h e trabalha na obras entre 7h e 17h. Depois, volta para casa e emenda nos treinos na academia entre 18h e 23h.
Nos sábados, Guimarães ainda ajuda seu mestre em um projeto social de artes marciais para crianças carentes da Aldeia Betânia, na Vila Zumbi, em Colombo.
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