No próximo dia 14 de maio, o UFC chegará a Curitiba após anos de espera dos fãs paranaenses. Existem três motivos que explicam a escolha da cidade, cuja relação com esportes de luta ganhou força no fim da década de 70, quando Nelio Naja introduziu o muay thai no país.
Teto retrátil
Pós Copa do Mundo, o Brasil ganhou diversas arenas modernas. A grande maioria, elefantes brancos, como explica o repórter André Pugliesi nesta matéria. Em tese, qualquer um deles poderia receber o show.
A clara vantagem da Arena da Baixada (ou Estádio Atlético Paranaense, como quer o presidente Mario Celso Petraglia) está na cobertura total.
“São milhões de doláres em equipamentos, o evento é transmitido para mais de 150 países, 900 milhões de pessoas vão assistir. Então não dá para ter 1% de riso de chuva”, explica o presidente do UFC no Brasil, Giovani Decker.
Ou seja, não fosse a ‘tampa do caldeirão’, já que a cidade não tem nenhuma outra alternativa para receber um evento deste porte, Curitiba permaneceria fora do circuito.
Diversificação
Veja a lista abaixo, que contém as cidades brasileiras que já receberam o UFC desde 2011.
– Rio de Janeiro (7)
– São Paulo (4)
– Goiânia (2)
– Belo Horizonte (2)
– Jaraguá do Sul (2)
– Barueri (2)
– Natal (1)
– Fortaleza (1)
– Porto Alegre (1)
– Uberlândia (1)
Quase metade dos eventos aconteceram no Eixo Rio-São Paulo. E as lutas realmente importantes, com disputa de cinturão, somente foram vistas no Rio. Situação que vai mudar em breve.
“Honestamente nosso plano não era que todas as disputas fossem no Rio. Será a primeira vez que teremos uma luta dessa importância em outro lugar. Era preciso ampliar. Curitiba, por toda história de ídolos formou, que respira luta, veio a calhar”, acredita Decker.
Estrutura
Além dos pontos citados acima, o UFC demanda uma grande estrutura hoteleira da sede de seus eventos. Sem contar facilidade de acessos por terra e ar.
Nas duas vezes em que foi a Jaraguá do Sul, por exemplo, além de lotar os leitos da cidade de 140 mil habitantes, também ocupou boa parte dos hotéis da região, principalmente Joinville, onde fica o aeroporto mais próximo. Isso, em um evento para somente 9,5 mil pessoas.
Em Curitiba não haverá esse problema. A cidade tem locais suficientes para receber os fãs, como mostraram os quatro jogos da Copa na capital. O público deve ser levemente maior, já que a estimativa é colocar à venda entre 45 mil e 48 mil ingressos.
As entradas vão começar a ser vendidas a partir de 30 de março, com preços mais acessível do que o normalmente aplicado no país, garante Decker.
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