O paranaense John Lineker falou com a Gazeta do Povo após sua estreia no UFC, no último sábado (6). Antes da luta contra o americano Louis Gaudinot, no entanto, o peso mosca passou por outra batalha. Sem falar inglês, o lutador viajou sozinho aos Estados Unidos e teve de fazer quase todo o processo de perda de peso sozinho durante quase cinco dias.
Você teve problemas para perder peso. Como você estava no momento da luta?
Ah, cara… Me senti um pouco fraco. Tudo conta, perder peso muito rápido, nunca tinha baixado para esse peso, minha cirurgia [apendicite, em março]. Acho que tudo contou um pouquinho.
Chegou a passar mal durante o processo para cortar peso?
Passei mal pra caramba na sauna, nos últimos quilos não baixava mais nada, nada…
É verdade que você ficou sem assistência lá? NR: O técnico dele, Marcelo Ribeiro, só viajou na quinta por causa de problemas com o visto.
Estava meio sozinho, perdidão. Até a comida de lá é diferente. Daí o que eu fiz lá… baixei o máximo que eu pude. De 63 kg, quando cheguei, fique só 450 g acima.
Mas você sabia o que fazer?
Saber, sabia, mas precisava de alguém para estar me incentivando. Quem me ajudou lá foi o Murilo [Bustamante], [Rousimar] Toquinho e Alex Davis.
Você pediu ajuda ou eles te ofereceram?
Eles me ofereceram ajuda e eu aceitei na hora.
Passou por uma barra então…
Foi uma “barraça” mesmo, sem falar uma palavra em inglês.
Quem te pegou no aeroporto?
Foi o pessoal do evento. Eu só sabia falar “no speak english”.
O Wallid Ismail, seu empresário, iria viajar contigo. O que aconteceu?
Ele ia, pediu desculpa por não ter ido, disse que foi coisa pessoal dele. Quem nunca errou, né?
Mas por ser sua primeira luta fora do país, no UFC, você não poderia ter ido sozinho…
É, com certeza, ele tinha de ter mandado alguém. Esse foi o rolo. Ele ia mandar um tradutor, um cara para me acompanhar, mas aí não sei o que aconteceu… pediu desculpas e tal, não deu certo. Sei lá.
Você ficou bravo com ele?
Passou. Pra mim é passado, já não existe mais.
Como estava sua cabeça na hora da luta?
Me senti como se fosse um evento que já tinha lutado. Entrei muito tranquilo. Até falo pro Marcelo [Ribeiro, treinador] que não gosto de entrar assim na luta. Gosto de lutar com um pouco de receio. Entrei muito, muito tranquilo.
O que a organização do evento te disse depois da luta?
Eles falaram que me querem de volta o mais rápido possível de volta. Daqui a quatro meses devo voltar a lutar.
Com tudo isso, como você analisa a sua estreia?
Foi bom e não foi, né? (risos)
Pois é. Foi finalizado, mas pelo menos ganhou o prêmio de melhor luta da noite (R$ 125 mil). Mais do que você acumulou em quatro anos como profissional…
Bem mais!
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