Aos 35 anos de idade, Maurício Shogun Rua vive sua melhor fase no UFC desde 2011, quando perdeu o cinturão meio-pesado (até 93 kg) para Jon Jones.
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Já são três vitórias seguidas para o curitibano, que sonha em encaixar o quarto triunfo consecutivo na revanche contra o americano Ovince St. Preux, em setembro, no Japão.
Luta por luta, o ex-campeão sonha em confirmar seu ressurgimento e, ao mesmo tempo, afastar qualquer argumento para uma eventual aposentadoria — especialmente dentro de casa.
“No dia em que perceber que não estou bem, serei o primeiro a não querer lutar para poupar minha saúde. Já basta minha mãe [Clementina] e esposa [Renata] que estão na pressão [para eu parar]”, revela Shogun.
“Elas não têm muita noção do esporte, que tem limites, médicos. Acham que estou indo para a forca toda vez. Então elas realmente põem pressão. Ainda tem pressão, mas não é algo diário porque isso me irrita bastante”, continua o lutador, prestes a completar dez anos de UFC.
Ao todo, Shogun soma 35 lutas na carreira desde sua estreia, ainda na época do vale-tudo, em 2002. Várias delas foram batalhas sangrentas, como os dois duelos épicos contra Dan Henderson. Apresentações que reforçam a tese de Clementina e Renata.
Mesmo assim, o veterano se considera inteiro para seguir fazendo o que mais gosta. “Entendo [a posição] delas porque o esporte é agressivo, de contato. Já tive muitas lesões. Isso é inevitável para os atletas de MMA. Mas enquanto conseguir treinar bem, com um reflexo bom, vou continuar lutando”, enfatiza.
Feliz por retornar ao Japão, onde acumulou 13 vitórias em 14 combates, além do título do Grand Prix peso-médio do Pride, o brasileiro garante que está focado em devolver sua última — e rápida — derrota.
Em 2014, St. Preux nocauteou Shogun em apenas 34s. “Ele foi feliz de me acertar, não o conhecia muito naquela época. Hoje o conheço, sei o forte dele, suas armas, e não iria me expor tanto. Essa é a diferença”, avisa.
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