O presidente americano Donald Trump está disposto a conceder perdão póstumo ao primeiro campeão mundial de boxe negro, Jack Johnson (31/31878 – 10/6/1946).
Mais de cem anos depois de o pugilista ter sido condenado por um júri composto apenas por brancos, Trump deu a entender que pretende pôr fim a uma injustiça histórica nos Estados Unidos. A medida nasceu de um pedido feito pelo amigo do republicano, o ator Silvester Stallone, famoso por interpretar justamente um boxeador no filme Rocky, um lutador (1976).
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O presidente anunciou, através da sua conta no Twitter, que o astro do cinema lhe chamou a atenção para a história de Johnson, condenado em 1913 por violar o Mann Act – norma que tornava ilegal o transporte de mulheres de um estado a outro com propósitos ‘imorais’.
“Sylvester Stallone me contou a história do campeão de boxe pesado Jack Johnson. Suas provações e feitos foram grandes, sua vida complexa e controversa. Outros (presidentes) olharam para isso ao longo dos anos, a maioria pensou que seria feito, mas sim, eu estou considerando um perdão total”, escreveu Trump em seu perfil no Twitter
Jack Johnson entrou para a história como o primeiro campeão mundial de pesos pesados negro, título que conquistou em 1908 e manteve até 1915.
Condenado a um ano e um dia de prisão, Jack Johnson fugiu para França com Lucille Cameron (uma das três mulheres brancas com quem se casou, o que na época gerou controvérsia). Nos sete anos seguintes viveu na Europa, América do Sul e México. Em 1920, entregou-se às autoridades americanas.
Fã de automóveis e de velocidade, morreu em 1946 num acidente de automóvel.
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