Alvo de uma enxurrada de críticas por não ter interrompido o massacre de Valentina Shevchencko em Priscila ‘Pedrita’ Cachoeira no UFC Belém, o árbitro Mario Yamasaki foi absolvido pelo técnico da lutadora brasileira, Gilliard Paraná.
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Para o líder da academia PRVT, não há culpados pelo acontecido. Após tomar muitos golpes em quase dois rounds completos, a peso-mosca (até 57 kg) acabou finalizada a 35 segundos do fim do segundo assalto.
“Ninguém tem culpa. A gente queria continuar e se fosse para parar, tinha parado no começo porque ela sentiu o joelho desde o início. Mas o negócio de desistir não está no nosso vocabulário, independente do tanto de golpe que estava levando, [o lutador] quer sair do octógono só morto”, argumentou Paraná, em entrevista ao Luta Livre.
“Não culpo o Yamasaki, não. Teve vários momentos que ele pensou em parar [o combate] e aí a Priscila se mexia, mostrava reacção e ele interpretou dessa forma. Eu não queria que parasse, a Pedrita também não. Está tranquilo, isso aí acontece. A gente lutou contra a número um peso por peso, na minha opinião”, emendou o treinador.
Lesão
Segundo Paraná, o polêmico roteiro da luta contra Shevchenko teve um agravante: logo nos primeiros segundos dentro do octógono, Pedrita rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito, além de lesionar o menisco.
Ela reclamou de dor no joelho durante o intervalo, mas voltou para o duelo contra a ex-desafiante ao cinturão dos galos (até 61 kg). Sem saber da gravidade da lesão, Paraná não jogou a toalha.
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O treinador lamenta, no entanto, que a estreia de sua pupila no UFC tenha terminado dessa forma.
“Lógico que ela poderia ter perdido mesmo se não tivesse se machucado, mas também poderia ter feito uma luta mais dura e saído na mão. Duvido que outra mulher da categoria não tivesse se entregado nessa situação. A Pedrita é diferente, pode acreditar. Ela já estará de volta e todos verão isso”, frisou.
Conhecida por seus nocautes, Pedrita estava invicta até chegar ao UFC. Em menos de dois anos como profissional, foram oito vitórias em oito lutas.
Mais impressionante do que a velocidade com que chegou ao maior evento de MMA do mundo, no entanto, é sua história de superação. Ela foi viciada em drogas entre os 16 e 23 anos e usou as artes marciais para se livrar do vício.