Aos 42 anos de idade, Anderson Silva vive uma situação inusitada na carreira.
O ex-campeão dos médios (até 84 kg) e recordista de defesas de cinturão do UFC — agora ao lado de Mighty Mouse — aparentemente não tem mais o mesmo prestígio entre os rivais. Pelo menos o canadense Georges St-Pierre, que já teve seu nome ligado a uma superluta com o Spider no passado, declarou não ter interesse em um duelo atualmente.
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Para Katel Kubis, amigo de longa data e um dos treinadores de Anderson, o discurso não passa de uma desculpa do ex-campeão dos meio-médios (até 77 kg).
“Vão sempre achar desculpas para não enfrentá-lo. É muito fácil dizer que não é o mesmo. Ele continua treinando e é o Anderson Silva”, afirma Katel, treinador de striking da academia American Top Team desde 2009.
“Se todo mundo fala que o GSP vai ganhar do Anderson, por que existe o nome de luta? O próprio nome mostra que a opinião está errada”, prossegue o curitibano.
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De acordo com Katel, apesar de já quarentão, a idade ainda não pesa no nível de atuações do Spider. A última luta do brasileiro — vitória por decisão unânime sobre Derek Brunson, de 33 anos — foi em fevereiro deste ano.
O técnico cita a formação pelo mestre Fábio Noguchi, que presa pela vida sem vícios de seus atletas, além da experiência adquirida em duas décadas de carreira e a qualidade do suporte da equipe de treinos, para fundamentar sua opinião.
E mais importante. Mesmo com a evidente irritação com o UFC e a ameaça de aposentadoria, Katel ainda enxerga em Anderson a vontade de ser campeão.
“Vai surpreender todo mundo. Ele tem condição de ser campeão, sim. É a realidade. Com tudo o que já fez pelo esporte, pelo UFC, não precisava mais lutar. Mas está dentro dele querer lutar. Vejo dois caminhos: fazer superlutas ou, dependendo dos rumos business, que é o que muito atrapalha os lutadores, buscar o cinturão”, completa.
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