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Três cinturões entram em jogo neste sábado (4), no UFC 217, no Madison Square Garden, em Nova York. Confira uma análise das lutas mais importantes (e esperadas) do ano:

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Michael Bisping x Georges St-Pierre

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O combate principal coloca frente a frente o atual campeão peso-médio (até 84 kg) contra o ex-campeão dos meio-médios (até 77 kg). Enquanto o inglês Bisping não luta desde outubro de 2016, lendário canadense não entra no octógono desde novembro de 2013.

E o que dá para esperar do retorno de GSP após quatro anos, agora em uma categoria mais pesada? Bom, não dá para negar que St-Pierre sempre foi muito forte para os meio-médios. Acredito que se acostumar à nova divisão não será problema para ele.

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A falta de ritmo será quase inevitável, mas o canadense tem armas para compensar esse problema. GSP sempre foi, além de lutador, um verdadeiro atleta. Aos 35 anos, depois de acumular 19 vitórias e duas derrotas no UFC, ele certamente usará essa qualidade (ao lado de seu wrestling de alto nível) para levar vantagem sobre Bisping na luta de chão.

O britânico, aliás, é dois anos mais velho do que St-Pierre — mas também sempre se manteve em boa forma. Até 2014, no entanto, o lutador sempre foi visto como ‘mais um’ no Ultimate. O cara que amarelava quando chegava perto da disputa de título.

Bisping conseguiu apagar esse rótulo com uma sequência de três vitórias, inclusive sobre Anderson Silva. Depois, surpreendeu e nocauteou Luke Rockhold para ficar com o cinturão. Por último, quase foi nocauteado por Dan Henderson, mas mostrou muito coração e venceu por pontos.

Palpite: St-Pierre é mais lutador que Bisping. Apesar do tempo afastado, vencerá por decisão unânime.

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Cody Garbrand x TJ Dillashaw

Responsável por tomar o cinturão peso-galo (até 61 kg) do dominante Dominick Cruz na virada do ano, o americano Cody Grabdandt terá um grande desafio para manter o título do UFC neste sábado, em Nova York.

Em sua primeira defesa de cinturão, ele terá pela frente o compatriota Dillashaw, seu antigo parceiro de treinos na academia Team Alpha Male, na Califórnia. Desde a conturbada saída de TJ da equipe, em 2015, os lutadores têm nutrido uma grande rivalidade que foi mostrada no TUF, o reality show do UFC, inclusive com uma briga nos bastidores.

A luta tem tudo para ser quente, mas prevejo leve vantagem para Garbrandt, que é mais jovem (26 contra 31 anos) e ainda está invicto em 11 duelos. As estatísticas mostram que atletas mais novos normalmente levam vantagem dentro do octógono.

Dillashaw tem mais mobilidade que o campeão e vai precisar apostar muito alto nisso para cansar o rival — a curta distância favorece Garbrandt, que encaixa bons golpes na linha de cinturão e tem uma altíssima taxa de nocautes (81%).

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Como ambos os atletas se conhecem muito bem, outro fator que pode pesar além do normal é o jogo mental. Quem souber desestabilizar o adversário tem meio caminho andado para levá-lo ao erro, o que pode ser crucial.

Vale lembrar que a luta deveria ter acontecido em julho, mas foi adiada porque o campeão sofreu uma lesão séria nas costas.

Palpite: Não vejo Garbrandt nocauteando Dillashaw, mas imagino que ele conecte os melhores golpes, o suficiente para vencer por decisão.

Joanna Jedrzejczyk x Rose Namajunas

Basta olhar para os cartéis da polonesa e da americana para perceber que essa é a luta mais desigual entre as três disputas de cinturão do UFC 217. Enquanto a campeã Jedrzejczyk venceu todas suas 14 lutas profissionais, Namajunas lutou MMA apenas nove vezes, com seis triunfos e três derrotas.

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Ao analisar o histórico de ambas também é possível traçar uma paralelo: Karolina Kowalkiewicz. Em novembro de 2016, Joanna derrotou sua compatriota por decisão unânime, em duelo relativamente fácil para a rainha da divisão peso-palha (até 52 kg).

Quatro meses antes, no entanto, quando Rose ficou frente a frente com Karolina valendo vaga na disputa pelo título, a americana perdeu em uma decisão dividida.

É claro que Thug mostrou evolução ao finalizar Michelle Waterson em abril, mas a relativa falta de contenders na categoria foi crucial para que ela ganhasse a oportunidade de encarar a campeã neste sábado.

Seu coração guerreiro é admirável, mas dificilmente conseguirá impedir que Joanna iguale Ronda Rousey com seis defesas bem-sucedidas de cinturão no UFC.

Palpite: Decisão unânime a favor de Jedrzejczyk, que continuará invicta e mais perto da quebra de recorde.

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