Atualização:
Nessa quarta-feira (21), o Wanderlei Silva assistiu o jogo entre Atlético e Tubarão, pela Copa do Brasil, em um camarote da Arena da Baixada.
Em seu Instagram, o veterano dos ringues reiterou que trará o possível o duelo contra Quinton Rampage Jackson, pelo Bellator, para Curitiba — e na casa atleticana.
Fique ligado no blog para mais informações sobre o assunto.
***
Até a metade de 2018, o foco de Wanderlei Silva ainda está nos ringues.
O Cachorro Louco, que completa 42 anos em junho, quer enfrentar o velho rival Quinton Jackson em uma superluta na Arena da Baixada, em Curitiba, pelo Bellator. Após três combates históricos no Pride e no UFC, o placar está 2 a 1 para o brasileiro.
Depois de encarar Rampage, que o provocou nessa semana, entrar na política é o caminho natural para o lutador. O interesse é antigo, mas está cada vez mais aflorado.
“Vou te falar… estou em uma posição bem confortável, com dinheiro, não precisaria me incomodar. Mas para você ver, tenho certeza que consigo fazer melhor do que os políticos que estão lá [em Brasília]. Quero estudar, me cercar de um time de pessoas boas. Ser um parlamentar diferente, que represente bem o povo”, disse Wanderlei ao Luta Livre.
Confira a entrevista:
O que achou do desafio do Rampage?
Viajo para Boston na próxima semana para participar de uma edição do Bellator e quero ver se esse negão folgado fala isso na minha frente.
Você vai conversar com o Scott Coker [presidente do Bellator] para pedir a luta?
Vou, mas quero fazer a revanche com o Rampage na Arena da Baixada, em Curitiba. Vou colocar isso como condição, fazer no meu hometown. Aí vale o esforço. Só o dinheiro não vale, tem que ter algo a mais e isso seria fazer a luta na frente de meus amigos de Curitiba.
Rampage agora é um peso-pesado. Isso é um problema?
Não, eu lutou até sem [limite] de peso. Também estou meio grande, com 104 kg. Estou treinando um pouco mais forte. Ele está uma bolaça. Quero bater nele igual João Bobo. Ia surrar. Tenho muita raiva dele.
Por quê?
Aquele nocaute que ele me deu [em 2007, no UFC] acertou a mão no meu queixo na sorte. E depois que eu cai ele ainda foi lá e me deu mais uma. Eu detesto ele. Só espero a próxima para devolver a gentileza. Vai ser uma luta para sair na mão, na trocação, do jeito que o povo quer.
Essa luta pode mesmo ser em Curitiba?
Falei com o Luiz Volpato [diretor de projetos do Atlético] e eles estão super abertos, dispostos a viabilizar o evento da melhor maneira possível. Se cada um fizer sua parte bem feito, todo mundo sai ganhando. E também queria fazer uma pedido aos empresários para que ajudem a trazer essa luta para Curitiba, que ajudem a fazer acontecer. O Bellator está aberto a vários tipos de business… Vou conversar com eles [Bellator] agora e, de repente, volto com a luta já fechada.
Seria sua última luta?
Quero fazer uma das melhores apresentações da minha vida. Do jeito que as coisas estão, não sei se vai ser despedida ou reestreia. Na verdade, há muitos lutadores, mas poucas estrelas. Pouca gente que emociona o público. Com o cara certo para uma luta de trocação, tenho certeza que será uma luta épica.
E depois você pensa em política?
Fui convidado pelo Joel Malucelli para me filiar ao Podemos. Fiquei de analisar a hipótese. Faria a luta e depois engataria na campanha para deputado federal, que seria coisa de um mês e pouco. Como disse ao Joel, não quero ficar devendo nada a ninguém e fazer o que realmente achar que tem de ser feito. Independente de tudo, vou agir de acordo com o que acho correto.
Seria uma campanha sem tirar dinheiro do bolso, como você já afirmou?
Não vai ter camiseta, muro pintado. A campanha seria na internet, para entrar e sair da campanha sem ficar devendo nada. Não vou fazer loucurada.
Você usaria basicamente suas redes sociais…
Isso. E mais importante é que tenho seguidores reais, nunca comprei seguidores. Dá para ver pelo número de views, de comentários. É muita gente que simpatiza com a ideia que tenho de tentar fazer um Brasil melhor.
Vou te falar… estou em uma posição bem confortável, com dinheiro, não precisaria me incomodar. Mas para você ver, tenho certeza que consigo fazer melhor do que os políticos que estão lá [em Brasília]. Quero estudar, me cercar de um time de pessoas boas. Ser um parlamentar diferente, que represente bem o povo.
Você apoiaria o Alvaro contra o Bolsonaro?
O Joel [presidente nacional do Podemos] é um cara de muita credibilidade, que respeito muito, o Álvaro Dias também. Tenho que ouvir as propostas dos dois lados e ver o que cada um propõe. O Franscischini [deputado federal pelo Solidariedade] está querendo conversar comigo. Conheci o Bolsonaro, o filho dele é meu amigo. São pessoas que simpatizam das mesmas ideias, assim como o Joel e o Alvaro.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”