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Wanderlei Silva relata racismo nos EUA: “Ou voltava pro Brasil ou seria preso”

Wanderlei Silva, que faz seu retorno ao ringue após quatro anos no Bellator 180, dia 24 de junho, em Nova York, revelou qual foi a gota d’água para trocar definitivamente Las Vegas por Curitiba no fim de 2015.

O brasileiro imigrou para os Estados Unidos em 2006, após deixar a academia Chute Boxe, mas decidiu voltar à sua cidade natal quando — já afastado das competições de MMA — foi vítima de racismo por causa da maneira com que falava inglês.

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“Me trataram mal duas ou três vezes lá [nos EUA] e aí falei para minha mulher: ‘meu bem, vamos embora ou daqui a pouco você vai ter que me tirar da cadeia. Vou meter a mão em alguém que os caras estão folgados pra c…”, explicou o atleta de 40 anos, adversário Chael Sonnen no Madison Square Garden.

“Até tava falando para o pessoal que o Trump se elegeu porque, infelizmente, o americano é meio racista. Não só com relação a branco e preto, mas racista em relação ao estrangeiro. Eu sofri disso um pouco lá. Esse foi um dos motivos de ter voltado embora”, contou.

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No passado, o Cachorro Louco acusou o próprio Sonnen de racismo (veja no vídeo abaixo). Ambos foram treinadores do reality show The Ultimate Fighter Brasil, em 2013, e protagonizaram diversas polêmicas, inclusive com uma briga nos bastidores.

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Por isso, Wanderlei sabe que enfrentará um ambiente será hostil na volta aos EUA. Nada que não seja irreversível, porém. Ele sonha em ser aplaudido pelos torcedores de seu desafeto.

“Vou lutar com o americano na casa dele. Então sei que a torcida vai estar contra, mas sei que aqui no Brasil também vai ter muita gente torcendo pra mim. Para esse povo que vou me apresentar. E eu quero fazer a torcida dele torcer para mim, fazer a galera vibrar com meu espetáculo. Por isso que estou treinando tanto”, avisou.

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