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Madeleine Lacsko

Madeleine Lacsko

Reflexões sobre princípios e cidadania

Pais ingleses se unem contra esterilização forçada de crianças transgênero

Mais de 30 famílias inglesas iniciaram uma verdadeira batalha contra o NHS, Serviço Nacional de Saúde, porque não querem que seus filhos menores recebam o tratamento medicamentoso para fazer uma transição de gênero. O grupo, que se denominou "Our Duty", Nosso Dever, diz que crianças e jovens vulneráveis são convencidos de que uma transição resolveria seus problemas psicológicos e que a origem deles seria "estar no corpo errado".

Ocorre que muitos dos jovens que recebem essa orientação já tem outros problemas psicológicos ou foram diagnosticados com autismo. Tudo começou com uma mãe, cuja filha tem hiperatividade (TDAH), está no espectro autista e acredita ser um menino, foi reclamar a políticos em Londres sobre o único tratamento indicado: a transição. Vários pais se identificaram e dizem que está em curso um programa de esterilização patrocinado pelo Estado. O tratamento pode incluir até mutilações e, a partir de um certo ponto, os remédios e hormônios comprometem a fertilidade.

O caso também chama a atenção das autoridades por causa dos números. Estaria havendo uma politização da agenda de saúde e a recomendação de tratamentos de transição para crianças e jovens cujos problemas não têm a ver com isso? Entre 2009 e 2010, 40 meninas no Reino Unido fizeram a requisição de uma transição para o sexo masculino. Entre 2017 e 2018 o número foi de 1806 meninas. Há algo estranho quando um diagnóstico desse tipo, clínico e sem base em exames, tem aumento de 4000% - isso mesmo 4 MIL POR CENTO - em menos de uma década.

A maioria dos adolescentes em confusão sobre gênero - 98% dos meninos e 88% das meninas - simplesmente superará esse problema ao final da puberdade, segundo a American College of Pediatricians. Qual a razão de fazer uma transição antes disso?

Em 2017, a American College of Pediatricians emitiu um comunicado em que considera abuso infantil fazer uma criança acreditar que seja normal ou saudável se passar pelo sexo oposto com o uso de medicamentos e cirurgia. O mesmo documento mostra que, entre quem faz esse tipo de procedimento, a taxa de suicídio é 20 vezes maior do que entre a população em geral.

A Gazeta do Povo fez, com exclusividade, a tradução desse estudo para o português. Como o tema parece cada vez mais ocupar as manchetes e os programas de variedade, um pouco de ciência parece o melhor a fazer.

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