Autocracia é um libelo. Um panfleto. Um quadrinho que não tem exatamente uma história e toda a constituição visual do álbum é forjada de pistas, placas, e ruas. Sem desenhos de personagens, a obra é um apelo para um mundo sem carros.
Já iniciando com a metáfora de um piano andando sobre nossas cabeças, Woodrow Phoenix demonstra como os carros são os vilões da nossa sociedade. Ou melhor, como os motoristas de carros são os vilões.
Para as pessoas que gostam da discussão do trânsito e que apelam para um mundo mais pacífico neste que é o maior dos mundos sociais (veja quantas pessoas você cruza no trânsito todo dia e reflita se este não é o maior ambiente social no seu cotidiano) pode ser uma potente arma de convencimento. O autor dá informações inglesas, de histórias passadas na terra da rainha, mas que funcionam também aqui no Brasil ou em qualquer cidade grande – povoada por carros – do mundo.
Uma coisa interessante da obra é que várias das paisagens são de Brasília (uma cidade feita primordialmente para carros), de certa forma mostrando nossa arquitetura para os leitores estrangeiros do quadrinho.
De ruim, podemos dizer que o álbum talvez seja muito grande. Com quarenta ou cinquenta páginas o recado já seria dado. Mas mesmo assim, vale a leitura.
Se você quiser uma análise em vídeo, assista esse que está aqui embaixo…
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast