Ministro do STF, Alexandre de Moraes.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Difícil imaginar uma situação mais surreal para um país, beira o ficcional: o homem mais rico do mundo peita um ministro da Suprema Corte brasileira ao vivo, em escalada alucinante. De um lado, um “capitalista selvagem”, um empreendedor em série que possui, além do seu patrimônio, uma invejável clareza ideológica libertária e um inquebrantável compromisso com a defesa das liberdades, em particular a de expressão.

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De outro, um burocrata de carreira, indicado e aprovado para o posto que ocupa na mais alta Corte do país por políticos, e cujo maior fiador para sua permanência no poder é um sistema cleptocrático e um governo de esquerda marxista anti-liberal.

Abstraindo-nos dos efeitos práticos dessa épica batalha e que têm crescentemente afetado o dia a dia dos brasileiros, a exemplo da iminente derrubada do X no país, o enredo em curso parece de uma obra ficcional. Ayn Rand, escritora russo-americana que publicou o clássico e imperdível livro "A Revolta de Atlas" (ou, no original em inglês, “Who is John Galt”), assistiria estupefata a versão tupiniquim de seu distópico romance.

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A mais recente e emocionante batalha entre mocinho e bandido, entre o defensor da liberdade e o tirano autoritário, foi a imposição de pesadas multas à empresa de Elon Musk e a ameaça de prisão de sua advogada caso não se sujeitasse às ordens ilegais e abusivas de Alexandre de Moraes. A recusa em colaborar com o ditador levou Musk a demitir todos os funcionários do X no Brasil e encerrar as atividades da empresa em solo brasileiro.




 Que os exemplos de Elon Musk e da Starlink representem a verdadeira vontade do povo brasileiro e ecoem nas autoridades que estão inertes

Como tem feito sucessivamente, o abusador decidiu dobrar a aposta. “Intimou" Elon Musk postando no próprio X, na noite de quarta-feira, 28 de agosto, um mandado em que promete derrubar a plataforma inteira em vinte e quatro horas, no Brasil, caso Musk insista em não colaborar - coisa, que aliás, vergonhosamente outras Big Techs como Google e Meta têm feito. Detalhe: Musk não é, sequer, o representante legal da empresa cuja CEO é Linda Yaccarino.

A corroboração de que Moraes tem o apoio do sistema cleptocrático brasileiro: o post feito pelo ministro para intimar Musk saiu da conta do próprio Supremo Tribunal Federal, no X. Ou seja: a instituição sustenta esse arbítrio, está corrompida pela tirania. Não bastasse o insolente mandado de intimação, nesta quinta-feira a empresa Starlink, fundada por Musk mas de capital aberto, revelou que teve todos seus bens bloqueados por Alexandre de Moraes para garantir o pagamento de multas impostas ao X - todas, aliás, decididas sem devido processo e nenhum tipo de chance de defesa para a plataforma.

De forma corajosa e íntegra, a empresa Starlink enviou comunicado a todos os seus usuários no Brasil informando da situação e confrontando a decisão da Suprema Corte não apenas no caso que lhe toca diretamente, mas também chamando as decisões impostas sobre o X daquilo que são inconstitucionais. Ah, se todas as empresas e empresários brasileiros começarem a se revoltar contra esse estado de coisas e se unirem contra esse estamento burocrático indecente e tirânico brasileiro!

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É isso, na verdade, que estamos prestes a ver acontecer no país. A ruptura institucional já se deu há muito tempo, partindo do Supremo Tribunal Federal e do estamento burocrático, e o povo na rua é a última esperança para a defesa das liberdades no nosso país. No dia 7 de Setembro teremos as maiores manifestações da história. Será o grande momento para quem quiser um país livre levantar-se contra quem aplica a tirania.

Que os exemplos de Elon Musk e da Starlink representem a verdadeira vontade do povo brasileiro e ecoem nas autoridades que estão inertes: chega de abusos, chega de tirania! Queremos nossa liberdade de volta! Impeachment de Alexandre de Moraes, anistia aos perseguidos políticos e CPI do Abuso de Autoridade, já!