O relatório da CPMI do 8 de janeiro, apresentado pela senadora Eliziane Gama, não surpreendeu: seguiu o script da “narrativa do golpe”. Com tanta coisa acontecendo no mundo, em especial no Oriente Médio, a balbúrdia do início do ano parece coisa de muito tempo atrás. E é nisso que devem apostar os governistas ao apresentar um relatório inteiramente descolado dos fatos e que não indicia nem o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) demitido por Lula, G. Dias, cuja inoperância foi tamanha, para dizer o mínimo, que até o PT decidiu rifá-lo; nem o ministro da Justiça, Flávio Dino, que além de não entregar as imagens das câmeras de segurança do prédio que administra, também admitiu que as mesmas foram apagadas.
Os “terroristas” do 8 de janeiro, desarmados de pólvora e empunhando bandeiras do Brasil, são para os petistas muito mais nocivos para a sua “democracia” do que os “militantes” degoladores e estupradores do Hamas. Para Lula e seus companheiros, o Hamas não é terrorista. Como não seria terrorista, para a esquerda brasileira, o MST, um dos braços armados do PT cuja relação com o Hamas não é coincidência e foi exposta por esta Gazeta do Povo. Ou alguém acredita que o bando que invade terra no Brasil viaja todos os anos a Gaza apenas para colher azeitona?
O relatório incoerente apresentado na CPMI e a posição ultrajante do PT em relação a Israel e ao Hamas são sintomas do mesmo mal: a proteção dos bandidos e a perseguição dos mocinhos, nessa película de filme B que Lula oferece aos brasileiros no dia a dia de seu governo. Ou faria sentido que o ministro dos Direitos Humanos de Lula, cuja agenda de encontros bilaterais registra apenas cinco eventos, já tenha se encontrado duas vezes com o embaixador do Irã, país que sabidamente é um dos principais financiadores do Hamas? Da mesma forma: por que o Brasil recepcionou tão facilmente a entrada do Irã nos BRICS?
Felizmente, muitos eleitores e formadores de opinião que “fizeram o L" voltaram a abrir seus olhos em relação à ameaça constante à democracia que representa o PT. É preocupante, porém, que a degradação institucional tenha avançado tanto nesse ínterim. Infelizmente, não é apenas o governo federal que representa o desgaste em nossa jovem democracia. O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, está na sua pior fase e composição de toda sua história, ultrapassando sua competência de julgar e legislando em claros casos de ativismo judicial. Cabe ao Congresso Nacional impor os freios e contrapesos e, à população, auxiliar na pressão para que esse movimento ocorra, de fato.
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