O Rio Grande do Sul pede socorro! Enchente e caos generalizado estão deixando a segurança do estado à deriva. Criminosos estão aproveitando o momento de tragédia e calamidade para assaltar flagelados, roubar carregamento de doações e até estuprar vulneráveis em abrigos. Uma desumanidade! Fiz, nas comissões da Câmara, no plenário e nas redes, pedidos para reforçar o nosso policiamento aos colegas deputados, representantes de outros estados da federação. E a ajuda já está vindo.
Enquanto lidamos com verdadeiros criminosos, homicidas, latrocidas e estupradores, qual a prioridade revelada pelo ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, o deputado Paulo Pimenta? Combater supostos disseminadores de “fake news” contra o governo! Pior: nem supostos são, pois muitas das “fake news” mencionadas pelo ministro são, ao contrário, notícias verdadeiras.
A censura é sempre usada por governantes para, supostamente, combater mentiras, mas sua vítima maior é invariavelmente a verdade.
Ou não é verdade, sr. ministro, que caminhões com donativos foram parados e multados na divisa com Santa Catarina? Matérias jornalísticas da mídia tradicional demonstraram isso ao vivo e a cores. Ou não é verdade, sr. ministro, que o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, divulgou em vídeo de telefonema dado ao senhor que nove cidadãos teriam morrido na UTI do Hospital de Pronto Socorro, inundado na cidade? Depois, o próprio prefeito corrigiu a informação, reduzindo o número para “somente" duas pessoas - o que já é uma tragédia, e continua confirmando a informação de que, sim, pessoas morreram pela incompetência gerencial do poder público em um momento de calamidade.
Aliás, não é verdade, sr. ministro, que cidadãos teriam sido impedidos de realizar salvamento por falta de habilitação para pilotar? A jornalista da RBS, Cristina Ranzolin mencionou o ocorrido em vídeo postado em suas redes... Não é verdade, sr. ministro, que o Uruguai ofereceu lanchas, aviões e drones, mas Lula preferiu dispensar a ajuda generosa e humanitária dos vizinhos? Seria importante, nesse caso, desmentir a matéria da Folha em vez de perseguir quem a divulga com compreensível indignação!
No momento em que mais precisamos da união de todos, quem deveria estar auxiliando com forças policiais, equipamentos, coordenação de esforços de salvamento, está, agora, perseguindo quem aponta, justamente, a insuficiência e incompetência governamental em todos esses quesitos. É a comprovação da vocação e atuação autoritária do governo petista que não tem um Ministro de Comunicação mas de Propaganda, aos moldes de todo regime ditatorial, e que se ressente de qualquer crítica, justa ou injusta, perseguindo opositores.
Infelizmente, não é algo que nos surpreenda. O absurdo maior é o momento escolhido para fazer tal perseguição. Seu estado, sr. ministro Paulo Pimenta, precisa de policiais para combater bandidos! Precisa de reforço para evitar mais mortes por ação de criminosos reais! É preciso que as ações do governo sejam focadas, ao menos desta vez, no inimigo real em vez de caçar os opositores do regime ou, até mesmo, cidadãos indiferentes politicamente, quando não cidadãos que votaram em Lula, e que estão enxergando com seus próprios olhos que as supostas “fake news” são, lamentavelmente, a mais pura verdade.
Sufocar a comunicação do cidadão, seja ela verdadeira ou falsa, impede as autoridades que recebem a informação pelas redes sociais, por exemplo, de verificarem a sua veracidade. Impede, também, que eventuais problemas ocorridos na ponta sejam corrigidos e que a intervenção do poder público seja no sentido de solucionar os casos assim que tomam conhecimento deles e salvar vidas, prioridade máxima. A censura é sempre usada por governantes para, supostamente, combater mentiras, mas sua vítima maior é invariavelmente a verdade.
Quem está salvando o povo desta tragédia é o próprio povo. O governo, quando não ajuda, que pelo menos não atrapalhe! Já perseguir quem está na linha de frente e que ousa falar a verdade sobre a situação encontrada em solo e dentro das águas turvas das enchentes, aí é absolutamente vergonhoso, repudiável e, também, criminoso.
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