As enchentes que estão atingindo boa parte do Rio Grande do Sul são dramáticas. Mesmo com tantos outros temas graves na política brasileira, nada é mais prioritário hoje no Brasil do que o auxílio ao meu estado. Já são dezenas de mortos, incontáveis desaparecidos, e muita gente aguardando resgate no meio do mato ou no telhado de suas casas circundadas pela água. A situação é absolutamente delicada e calamitosa. Não à toa, este artigo da Gazeta que publico sempre nas quartas-feiras só está saindo agora, sexta-feira: antes disso, mangas arregaçadas, estive auxiliando na linha de frente. E terminando de escrevê-lo, voltarei ao front.
Mais uma vez, menos de um ano após termos visto algo semelhante ocorrer em noventa municípios do Rio Grande do Sul em setembro passado, quando mais de 50 pessoas perderam a vida, voltamos a acompanhar imagens estarrecedoras de cidades inteiras submersas. São famílias perdendo tudo o que tem e autoridades buscando apoio onde podem para lidar com o caos. É um pesadelo que atinge a economia, a saúde e os empregos. Desta vez, já são mais de 130 municípios listados no rastro da destruição.
As chuvas ainda não cessaram e a previsão é de que os níveis dos rios sigam aumentando até sábado. Lamentar, porém, é natural, mas não podemos esmorecer, pois há vidas em jogo.
Muitas dessas cidades ainda se recuperavam das enchentes por que passaram, especialmente aqueles situados no Vale do Taquari. Acompanhei o drama da reconstrução e busquei ajudar de todas as formas possíveis. Via emendas parlamentares individuais, indiquei verbas que ainda não haviam sido executadas pelos beneficiários originais para serem realocadas dadas as novas necessidades. Foram, então, mais de R$1,5 milhão enviados pelo meu mandato para sanar tantos problemas. É pouco perto do tamanho do prejuízo – mas foi tudo o que estava ao meu alcance fazer com as verbas de que dispunha.
É indizível a sensação de tristeza ao ver tudo acontecendo novamente e de forma ainda mais arrebatadora depois de iniciada a reconstrução da tragédia anterior. As chuvas ainda não cessaram e a previsão é de que os níveis dos rios sigam aumentando até sábado. Lamentar, porém, é natural, mas não podemos esmorecer, pois há vidas em jogo.
Como presidente da Comissão Externa Sobre Danos Causados Pelas Enchentes no RS, proposta por mim e instalada na Câmara dos Deputados para propor soluções para que novas enchentes não ocorram ou sejam amenizadas, reforço que continuaremos acompanhando e apoiando as demais autoridades, especialmente do Executivo estadual e federal, para que cumpram seu trabalho da melhor forma.
Aproveito a oportunidade para pedir a todos os leitores da Gazeta que ajudem da forma que puderem. O Banco de Alimentos de Porto Alegre está recolhendo doações por meio do pix: 04580781000191 (CNPJ).
Orem! As orações são indispensáveis nesse momento, tanto para que Deus console aos que perderam amigos e familiares, como para que dê forças ao povo gaúcho para enfrentar tamanho desastre agora e possa recuperar-se do baque depois. A reconstrução será longa e precisará de muito apoio e motivação.
Deixo toda a minha solidariedade ao meu Rio Grande do Sul e agradeço a cada mensagem e gesto de solidariedade e apoio que estamos recebendo. Vamos vencer esses desafios – e trabalhar pela prevenção de desastres futuros nessas trágicas proporções.
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