O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos após sua vitória na última eleição tem sido reconhecida como uma das maiores voltas por cima já vistas na história americana. Presidente por quatro anos, perdeu a eleição para os democratas durante a pandemia e enfrentou dura perseguição política, midiática e judicial fora do poder. Não são poucas as semelhanças, aliás, com o caso brasileiro: Jair Bolsonaro tem recebido tratamento semelhante após sair do poder por parte do atual governo, das cortes judiciais, e da mídia. Os dois, inclusive, sofreram atentado à própria vida quando em campanha eleitoral.
Donald Trump conseguiu nova chance: diferentemente do controle que o Tribunal Superior Eleitoral exerce sobre o processo eleitoral no Brasil, não foi declarado inelegível e conseguiu a vitória. Até tentaram em determinado momento ao inabilitá-lo em alguns estados americanos, mas a Suprema Corte americana acabou com a discussão e assegurou ao ex-presidente americano o direito de concorrer. Fez-se Justiça, respeitou-se a Constituição – nos EUA.
A volta de Trump representa uma esperança para todo cidadão no mundo que queira viver com menos menos intervenção estatal, menos perseguição política e menos guerras e queria viver com mais liberdade, justiça e democracia
Não são apenas fatos paralelos e comparáveis aos que ocorrem no Brasil que dão à vitória de Donald Trump especial destaque para o nosso país. Há também fatos que se misturam, que são até mesmo compartilhados pelos atores políticos de direita nos EUA e aqui no Brasil. Jason Miller, que coordenou a campanha de Trump e deve voltar à assessoria especial do presidente, foi parado pela Polícia Federal no aeroporto de Guarulhos quando de seu retorno aos EUA após sua participação no CPAC em setembro de 2021.
Filipe Martins, preso ilegalmente por seis meses por Alexandre de Moraes, teve seu cárcere justificado por documentos falsos de entrada nos EUA obtidos pela Polícia Federal junto ao Controle de Fronteiras de Orlando, Miami. O homem mais rico do mundo, que também é cidadão americano, Elon Musk, é dono da rede social X que foi bloqueada no Brasil após intensa troca de farpas públicas com o próprio ministro Alexandre de Moraes. As risadas de ministros do STF que teriam, segundo a imprensa, especulado qual deles perderia o visto americano primeiro, talvez revelem menos humor e mais insegurança e preocupação com o futuro das relações com do Brasil com os Estados Unidos após a vitória de Donald Trump.
O mesmo vale na seara internacional: enquanto o Brasil tem persistido em alianças com com ditaduras que financiam terroristas, Trump reforçará a agenda americana pró-Israel em meio ao conflito com o Hamas que já dura mais de um ano. Enquanto o Brasil faz aliança ideológica com a China comunista, Trump reeditará seu America First inclusive nas relações comerciais com a potência oriental. Tratando de ideologia, a pauta progressista, woke, e as restrições frequentes à liberdade de expressão, voltarão a sofrer intensa oposição do principal líder mundial.
Não é por acaso, portanto, que a vitória de Trump representa um marco expressivo na história deste século XXI. E, para coroá-la, acaba de ser confirmada a maioria republicana tanto na Câmara como no Senado americanos. Neste cenário, deve aumentar e muito a atenção internacional para brasileiros que queiram levar ao conhecimento do mundo as restrições às liberdades, perseguições políticas e abusos de autoridade que hoje ocorrem em nosso país. A volta de Trump representa uma esperança para todo cidadão no mundo que queira viver com menos menos intervenção estatal, menos perseguição política e menos guerras e queria viver com mais liberdade, justiça e democracia.
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