Bolsonaro e John Bolton, assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos: aproximação entre os dois países. Foto: reprodução/Twitter de Bolsonaro.| Foto:

O Brasil está diante de uma oportunidade única na esfera internacional. A escolha do novo chanceler, Ernesto Araújo, está alinhada com uma visão de mundo que devolve nosso país para seu lugar na esfera das relações internacionais, ao lado de parceiros tradicionais, com os quais dividimos valores essenciais de formação de nossa nação.

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Essa é a definição de política externa ocidental, que leva em consideração nossos compromissos com os valores de liberdade e democracia, pilares fundamentais de nossa sociedade. Colocar o Brasil novamente em sintonia com nações que carregam em sua essência os mesmos valores é a missão principal da política externa do governo que se inicia.

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Por certo não faltam críticas a esse novo caminho, que corrige uma visão distorcida de mundo implementada pelo petismo ao longo dos anos. Entretanto, nossos laços mais fortes estão certamente ao lado de nações que dividem os mesmos valores ocidentais, ao mesmo tempo que não podemos descuidar de nossas relações com outros países que passaram a fazer parte de nosso círculo ao longo dos anos.

O Brasil anuncia ao mundo essa correção de rumos aos poucos. Os movimentos, entretanto, são claros. A aproximação com os Estados Unidos é um caminho natural, uma vez que Washington e Brasília possuem uma relação histórica de parceria e apoio mútuo que infelizmente tornou-se mais tímida desde a chegada do petismo ao poder. A retomada dessa relação carrega um enorme simbolismo desse novo rumo que a população optou por realizar nas urnas este ano.

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Ao colocar o Brasil em primeiro plano, rejeitando a interferência de organismos internacionais nos assuntos internos, este governo rejeita o que passou a se chamar de globalismo. Ao mesmo tempo, investe pesado na globalização, verbete de definição antagônica, que significa o aprofundamento das relações internacionais comerciais entre as nações.

Ao valorizar as características nacionais, o Brasil se alinha com nações que também rejeitam a interferência multilateral em suas políticas, valorizando a autodeterminação dos povos como elemento essencial de sua política externa. São inúmeros os países que passaram por processos similares recentemente, como Estados Unidos e Reino Unido, que diante da eleição de Donald Trump e a opção pelo Brexit, enviaram uma poderosa mensagem para a comunidade internacional.

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Esse realinhamento consolida o Brasil em uma situação de vanguarda nas relações internacionais, podendo tornar-se ao lado de grandes nações um farol impulsionador de uma nova correlação de forças na esfera externa. Para tanto, o país passa por um movimento de reequilíbrio, onde irá calibrar sua presença internacional de forma convergente com essa visão de mundo. Uma guinada sensível que pode colocar o país em um novo patamar.

Essa oportunidade única abre possibilidades na política, mas também no comércio. Os objetivos são grandiosos, mas para serem alcançados precisam ser medidos por movimentos estratégicos e calculados, alinhados com uma visão de mundo pragmática e visionária. Esse tênue equilíbrio, quando encontrado, será responsável por devolver o Brasil ao seu lugar de destaque na política internacional.

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