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O futebol é pródigo em consagrar gírias e expressões que surgem e somem do vocabulário das arquibancadas. Algumas, de tão inspiradas, duram a eternidade. Outras, acabam esgotadas rapidamente, de tão manjadas. Listo 10 delas.”

Vândalos travestidos de torcedores

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Violência e futebol se misturam desde sempre. E os brigões apoiam seus times na arquibancada, vestem a camisa dos clubes, assistem aos jogos na televisão. Logo, por que não seriam torcedores? São torcedores, sim, e bandidos também.

Semana cheia

É frequentemente utilizada por trOueinadores e jornalistas. Como se o fato de o clube ter uma “semana cheia” (de segunda à sexta) para treinar fosse fato de extrema relevância. Que é o ideal, não há dúvida. Mas, daí a representar um trunfo, demora.

Marcação alta

Tal expressão é aquela carta na manga para os jornalistas que não manjam nada de tática posarem de entendidos. É da mesma família da “marcação sob pressão”, mas uma forma mais “moderna”.

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Futebol está caro

É a desculpa mais manjada entre os cartolas para justificar negociações de atletas ou uma gestão ruim do elenco. Futebol está caro desde os anos 80, quando os clubes estrangeiros, europeus especialmente, passaram a atacar o mercado nacional. Acho que já deu tempo para se acomodar, não?

Ousadia e alegria

Contribuição da turma de Neymar, aquela do “é tóis” e outras gírias infantis e utilizada pelos boleiros. É uma tentativa de “jogo bonito”, de uns anos atrás, ou “futebol arte”, de muitos anos atrás. Entretanto, normalmente representa dribles desnecessários e desleixo tático.

Perfil

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Da lavra dos cartolas, é comumente empregada quando os clubes estão procurando um treinador, que se encaixe no “perfil” do clube. A mais pura lorota. Todo mundo sabe que cartolas contratam apenas pelo salário e capacidade de amenizar a pressão pra cima da diretoria.

Há o toque

Expressão da lavra dos comentaristas de arbitragem. Após examinarem o lance em câmera lenta, uma, duas vezes, os ex-árbitros conseguem sempre identificar um “toque” para justificar o pênalti marcado e, assim, livrar a cara dos colegas do ramo. Como se uma simples “relada” fosse capaz de derrubar um atleta de 80 kg no chão.

Linha de 4

É empregada, normalmente, pelos comentaristas com “pegada tática”. Ao primeiro sinal da formação em campo, eles já correm pra identificar o “fenômeno”: “Veja que agora o time X formou com duas linhas de 4”. Ok, tudo bem, mas… só tem isso para falar?

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Mundo alguma coisa (árabe, russo etc)

É papo de jornalista, invariavelmente. Para “driblar” a inexpressividade de determinado clube estrangeiro, fica mais fácil indicar que tal jogador será negociado com o “mundo árabe” ou “mundo russo”, por exemplo, como se tudo por lá fosse igual. Não é, claro.

…dependência

Criação da gloriosa imprensa esportiva. Basta juntar o nome do atleta ao “sufixo” dependência e, pronto, está identificada a agonia de determinado time quando seu craque está ausente. Exemplos: Messidependência e Neymardependência. Já deu, certo? E, no mais, não é normal que a equipe procure sempre seu melhor jogador?