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Para fechar a discussão levantada pelo colega Jones Rossi, a segunda parte…

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PARTE I: 5 razões pelas quais deveríamos acabar já com o Brasileiro por pontos corridos

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Agora, cinco motivos pelos quais deveríamos restabelecer já o campeonato brasileiro com mata-mata

Nº 1: Regulamentos malucos

Este é um ponto estranhamente usado pelos jornalistas esportivos para criticar o mata-mata. Acho estranho porque os primeiros a defender campeonatos com regulamentos que ninguém entende deveriam ser os jornalistas esportivos. Desde que os campeonatos se tornaram simples de entender, meio que ficaram sem função. Com a volta das regras complicadíssimas, eles poderiam projetar um ar de profunda sapiência explicando o cruzamento entre as chaves, quem pega quem na repescagem, como escapar do rebaixamento no grupo da morte, reclamar que o campeão terminou 17 pontos atrás do 2º colocado e, é claro, bradar pela volta dos pontos corridos.

Nº 2: Caos

Disclaimer: Eu torço para o Atlético Paranaense. Mas admito que o Campeonato Brasileiro mais legal de todos os tempos foi o de 1985, vencido pelo Coritiba. O nível de aleatoriedade, caos, pandemônio e beleza daquela disputa foi maravilhoso. Coritiba e BANGU, do bicheiro CASTOR DE ANDRADE (uma espécie de ROMAN ABRAMOVICH dos trópicos na época), na final, Brasil de Pelotas, vindo direto da Segunda Divisão para APAVORAR o Flamengo de Zico e papar o terceiro lugar do campeonato. Ora, às favas com esse campeonato higienizado, asséptico e gourmetizado dos pontos corridos.

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Nº 3: Democracia

Com o campeonato por pontos corridos, não há muita surpresa sobre os campeões. Serão sempre os times mais endinheirados. Ainda não dá Flamengo e Corinthians, os dois clubes que mais recebem grana da em direitos da tevê, todo ano, porque eles ainda têm muitas dívidas. O dia que as dívidas acabarem, esqueçam. Isso aqui, ô, ô, vai virar uma Espanha, onde o emocionante campeonato nacional é uma disputa eterna entre Barcelona e Real Madri. Com o mata-mata, sempre há a chance de um time médio surpreender na fase final e derrubar os grandes. Não é sempre que acontece. Mas quando acontece é bonito demais.

Nº 4: Justiça

“Ai!”, voltará a exclamar aquele teu amigo chato que tem um PlayStation 4, uma camisa do Paris Saint-Germain, empina pipa no ventilador e é fãzaço do David Luiz, “no mata-mata de 2002 o Santos, 8º colocado, eliminou o São Paulo, 1º colocado, e foi campeão. Olha a injustiça aí.” Dê um PIPAROTE na orelha do seu amigo e rebata. “Pois bem, jovem, se o São Paulo não teve competência para ganhar quando O CÁQUI PRETEOU, o que eu tenho a ver com isso?” Resumindo: futebol se ganha em campo. Para evitar “injustiças” como essas, é possível ampliar os playoffs para três partidas, sendo duas na casa do time que somou mais pontos na primeira fase. Com essa vantagem extra, não tem desculpa.

Nº 5: Final

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Não há nada mais legal que a partida final de um campeonato. O gol do título. O jogador levantando a taça. Os lances polêmicos que vão ser discutidos por décadas. Tudo isso foi perdido com os pontos corridos. Hoje o campeão está em um estádio e o vice em outro. Levanta a taça em outro jogo. Pode ser campeão perdendo a partida. Quer algo mais anticlímax que isso? Vamos, saia do armário futebolístico, deixe o discurso de bom moço para os arautos da ética fake das mesas-redondas dos canais de tevê a cabo e assuma: você gosta é mesmo de um bom, velho e gostoso mata-mata.