Na vitória do Brasil sobre a Suécia, a torcida brasileira presente no Engenhão cantou por diversas vezes: “Aaaahh, a Marta é melhor que o Neymar, a Marta é melhor que o Neymar”. É fácil entender a preferência e o carinho maior das arquibancadas pela camisa 10 da seleção feminina.
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A alagoana representa para o futebol feminino muito mais do que Neymar significa para o masculino. Aos 30 anos, já foi escolhida cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, título que o paulista sonha vencer – e com 24 anos, ainda terá tempo para conquistar.
Agora, a diferença entre os dois não está na questão técnica. Até porque ambos são craques indiscutíveis e, claro, no geral há diferença de nível entre as duas categorias e a concorrência no masculino é bem maior. Marta é mais querida do que Neymar por causa do comportamento.
Neymar é a figura central de uma geração de jogadores mimados. Milionários desde cedo, são vaidosos ao extremo e exibicionistas de Instagram. Vivem rodeados de puxas-sacos e não aceitam críticas, nem da imprensa, nem da torcida. Não assumem posição alguma.
Marta, ao contrário, é a líder de uma categoria de jogadoras obstinadas. Sem qualquer suporte, sem sequer um campeonato nacional decente, insistem em jogar futebol, mesmo ganhando pouco ou quase nada. Apoiadas pela torcida só em Olimpíadas, são compreensivas.
E se a diferença entre os dois ainda não ficou clara, a resposta de Marta, ao ser questionada sobre o carinho da torcida, não deixa dúvidas sobre quem é melhor: “O Neymar é o grande jogador do Brasil na atualidade. Essa discussão eu deixo para vocês”.