Atlético e a prefeitura de Curitiba se encontraram para tratar da dívida da Arena da Copa. Foi a primeira reunião do Furacão com a nova gestão do município, do prefeito Rafael Greca, eleito ao final do ano passado. Ou seja, apenas o início de uma longa e complexa discussão.
Estiveram presentes no Palácio 29 de Março pelo Rubro-Negro o presidente do clube, Luiz Sallim Emed, e o advogado Luiz Fernando Pereira. Pela prefeitura, compareceram o secretário de governo Luiz Fernando de Souza Jamur e João Alfredo Costa Filho, chefe de gabinete de Greca.
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Ao final da conversa, o município ficou de avaliar a posição tomada pelo Rubro-Negro. O clube insiste no acordo tripartite para a divisão do orçamento final do estádio, algo em torno de R$ 350 milhões. Ou seja, o Furacão rechaçou a oferta da prefeitura.
Os representantes do município propuseram “recuperar” o decreto, assinado por Gustavo Fruet, e derrubado por Greca, que empurrava para o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), ligado à Fomento Paraná, a comercialização do potencial construtivo que bancou a obra do Mundial.
Mas, para tanto, o Furacão teria que pagar as desapropriações utilizadas para a reforma do estádio, valor na casa dos R$ 25 milhões, e ainda ceder parte do prédio anexo ao Joaquim Américo para o município instalar salas administrativas. O clube, entretanto, não tem interesse.
Embora a prefeitura tenha sinalizado, anteriormente, que não há chance de gastar mais com a empreitada, o Atlético aposta numa mudança de comportamento. Isso porque, diferentemente do cenário com Fruet, Greca está alinhado com a gestão de Beto Richa no governo do Paraná.
E o governo do estado, por sua vez, já acenou com a possibilidade de repartir por três o montante final da reforma da Arena da Baixada. O “bom relacionamento” entre Greca e Richa seria, então, um trunfo para que o Rubro-Negro alcance o plano desejado.
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De certo, que o Furacão passou a acreditar numa solução amigável da questão. Recentemente, o clube pensou em entrar com um processo na Justiça contra a prefeitura, para cobrar o valor integral da reforma da praça esportiva. Atitude descartada no momento.
A reportagem entrou em contato com Luiz Fernando Pereira, mas o advogado do Rubro-Negro preferiu não se manifestar sobre o assunto. Também foram feitas tentativas de falar com João Alfredo Costa Filho, mas o chefe de gabinete de Greca não atendeu às ligações.
Processos na Justiça sobre a dívida da Arena da Copa
Segue em andamento o processo movido pela Fomento Paraná que pode acarretar no leilão da Arena da Baixada. A autarquia do governo do estado cobra o pagamento de uma dívida de R$ 226,1 milhões do Atlético e há a expectativa de uma decisão em breve.
A prefeitura também move processo contra o Atlético por causa do estádio no Mundial. O município recorreu aos tribunais para obrigar o clube a pagar cerca de R$ 25 milhões, valor atualizado, pelas desapropriações e entregar parte do prédio anexo ao estádio utilizar administrativamente.
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