Tenho uma tese que desenvolvi ao longo dos anos. Normalmente, contratar “medalhões” é uma boa para os times paranaenses. Não tenho um levantamento estatístico e posso até ser desmentido. Mas a impressão geral é essa (claro, há exceções).
Por que? Explico. Nosso futebol é historicamente secundário. Temos apenas dois títulos brasileiros: Coritiba em 1985 e o Atlético em 2001. E possuímos apenas um campeão mundial com o Brasil convocado direto de um time do estado: Kléberson, do Furacão, em 2002.
Naturalmente, nossa produção de jogadores também é secundária. O mesmo vale para o mercado de atletas. Ou seja, boa parte dos “medalhões” – uma forma que se tornou pejorativa para se referir a jogadores consagrados e rodados – costuma se dar bem.
Recentemente, foi assim com Paulo Baier, no Furacão, e Marcelinho Paraíba, no Coxa (apesar de tudo) para citar apenas dois. Kléber Gladiador está comprovando a tese no Alviverde e, Carlos Alberto, no Rubro-Negro, parece estar indo pelo mesmo caminho.
Creio que Anderson também vai confirmar a “teoria”. O meia nascido no Grêmio, e que estava em baixa no Internacional, é extraclasse. Ninguém joga no Porto e passa oito anos no Manchester United por acaso. E o camisa 18 tem apenas 28 anos.
O que Anderson já jogou por aí, e com quem dividiu vestiário e enfrentou pelo mundo, está bem acima do futebol paranaense. E mesmo do cenário nacional. Caso queira, e parece querer, Anderson tem bola para sobrar no Coxa.
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