Nada como a passagem do tempo para fazer uma reavaliação. É com o distanciamento que costumamos ajustar as opiniões e, muitas vezes, nos aproximarmos da verdade. Assim, completados três anos da estreia do Mundial no Brasil nesta segunda (13), pergunto: fizemos a Copa das Copas ou foi mesmo a Copa da Roubalheira?
Não há dúvida que o mês de junho a julho foi incrível. Um período de satisfação nacional, apesar do vergonhoso resultado no campo, como poucos na história do Brasil. Cobri a rotina da seleção brasileira e diversos jogos no estádio. Pessoalmente e profissionalmente foi inesquecível.
Agora, infelizmente, o tempo só fez confirmar a suspeita que atormentava a todos, menos os organizadores, que o Mundial traria riscos consideráveis na aplicação do dinheiro público. Pior, o desperdício foi ainda maior até do que os pessimistas previam. Veja detalhes.
Hoje temos provas e fortes indícios de corrupção na construção de 10 dos 12 estádios utilizados no evento – apenas Beira-Rio, do Internacional, e Baixada, do Atlético, “escaparam”. No Estádio Nacional de Brasília, a investigação aponta quase R$ 1 bilhão de superfaturamento.
E o problema é ainda maior. Não bastasse a gastança desenfreada e o rastro imenso de desvios, há ainda a subutilização de diversas arenas. Os estádios em Manaus e Cuiabá eram certezas que virariam elefantes brancos, mas até o Maracanã entra na lista, até hoje sem destino definido.
Diante deste cenário, surge a dúvida do início do texto, se hoje, três anos depois, qual a imagem que o segundo mundial no Brasil deixou. A alegria de quem curtiu a Copa em 2014 ainda segue viva e concorre com os gravíssimos problemas de organização . A dúvida é até quando será assim.
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