O sonho de Mario Celso Petraglia sempre foi uma Arena Atletiba. Os dois rivais sob o mesmo teto, o Atlético joga num final de semana, o Coritiba joga no outro, e as duas principais torcidas do estado dividem os altos custos de operação do estádio.
O desejo do comandante do Rubro-Negro, entretanto, nunca teve a porta aberta no Alviverde – ao menos o suficiente para ganhar uma chance de efetivamente sair do papel. Sem ainda saber se constrói um estádio novo, ou reforma o Couto Pereira, o fato é que o Coxa pulou fora já há algum tempo.
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Agora, tudo mudou. Petraglia encontrou no Paraná um clube disposto a dividir a Arena em alguns momentos. Ou melhor, achou em Carlos Werner, diretor que, na prática, é quem manda no Tricolor, alguém com ideias semelhantes sobre futebol.
Em entrevista à Transamérica, Werner revelou toda a sua admiração por Petraglia. Chamou o cartola, presidente licenciado do Conselho Deliberativo do Furacão, de “visionário”. Novato no “soccer business” (pra lembrar o sucesso de WhatsApp), o empresário vê em MCP uma referência.
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E o plano não poderia ser mais óbvio. Praça esportiva histórica, sede da Copa de 50, a Vila não comporta jogos de expressão na elite. Diante de Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Grêmio etc, não faz sentido, do ponto de vista econômico, o Paraná jogar para cerca de 15 mil pessoas.
Assim, é como juntar a fome com a vontade de comer. O Furacão precisa de um parceiro para rachar os custos da Arena. E o Paraná precisa de um estádio para mandar partidas com alto apelo de público – considerando, claro, que o Tricolor suba para a Primeira Divisão este ano.
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Atlético, Paraná e as contas da Arena
No fim das contas, o Paraná vai acabar ajudando o Atlético a amenizar o rombo financeiro do Joaquim Américo. O acordo tripartite, esquema que financiou a Arena para a Copa do Mundo, firmado com a prefeitura de Curitiba e o governo do estado, segue sem solução. Está na Justiça.
E como cartolas do próprio Furacão já admitiram, as novas arenas, que antes do Mundial eram vendidas como a panaceia para o futebol brasileiro, simplesmente fracassaram. São micos gigantes de concreto, sem naming rights, sem multiuso, sem grana para se sustentarem, algumas nem dono têm.
Ainda bem, para o Atlético, que o Paraná aceitou subir no barco.
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