O Atlético registrou nas duas últimas partidas na Arena, quando iniciou o sistema de acesso por biometria, uma queda significativa na presença de sócios. Antes da implementação, o Rubro-Negro teve média de 13.500 associados em 10 partidas do Brasileiro. Depois, média de 10.597 em dois jogos.
A diferença entre as médias é de quase 3 mil sócios, exatamente 2.903 (veja detalhes no infográfico abaixo). E embora a comparação ocorra sobre dois confrontos, Coritiba e Fluminense, foram compromissos relevantes na caminhada atleticana no Brasileirão.
Primeiro, um clássico diante do maior rival que, mesmo marcado para o domingo de feriado de 7 de setembro, às 11 horas, sempre possui apelo. No entanto, o Atletiba teve o terceiro pior comparecimento de sócios do Rubro-Negro em 12 jogos pelo Nacional: 11.146.
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O duelo com o Flu também era importante. O Furacão entrou em campo diante de um rival direto pelo G6, num domingo de sol em Curitiba, às 16 horas. Apesar disso, registrou a marca mais fraca de presença de sócios em 12 embates: 10.048.
Para fechar o grupo de piores comparecimentos dos associados do Furacão no Brasileiro, o jogo ante o Bahia, no domingo 13 de agosto, Dia dos Pais, às 19hs. Na oportunidade, foram ao estádio 10.736 associados do Atlético, segundo desempenho mais baixo na disputa.
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Os números revelam uma queda brusca no comparecimento dos sócios do Rubro-Negro nas partidas da Arena – já normalmente ruim se considerado a marca de associados que o clube diz possuir, cerca de 25 mil. É um forte indício de uma fuga de fieis atleticanos após a implantação da biometria.
E aí, não se trata de discutir os benefícios de segurança com o novo sistema de identificação. A reclamação recorrente dos atleticanos aponta para a restrição aos sócios que possuíam mais de uma cadeira no estádio e que, a partir da biometria, tiveram a chance de empréstimo limitada.
Preocupação do Atlético com perda de sócios
Perda de integrantes do plano Sócio Furacão que o Atlético já demonstrou preocupação ao voltar atrás em decisão recente tomada com relação aos Fanáticos. O clube aumentou o preço da mensalidade para o setor tradicional da torcida, Buenos Aires inferior, de R$ 100 para R$ 150.
A alegação do Rubro-Negro é que o aumento era uma forma de “cobrar” da facção organizada prejuízos financeiros acarretados pela torcida. No entanto, dias depois o clube anunciou que manteria o preço de R$ 100 para os associados do local que aceitassem mudar para as curvas superiores do estádio.
A reportagem procurou o clube. Entretanto, não obteve resposta.